Oito em cada dez brasileiros que possuem smartphone estouram o pacote de dados antes do final do período programado para utilização. Essa é uma das conclusões da pesquisa Global Mobile Consumer Survey 2017, realizada pela Deloitte.
O levantamento mostra que os brasileiros ainda possuem pacotes limitados de dados: 51% contam com planos de menos de 3GB de capacidade. Outros 20% não souberam dizer qual era o tamanho do plano contratado com sua operadora.
Para economizar, três de cada cinco entrevistados disseram que tentam reduzir ou limitar o uso de seus smartphones. Entre as medidas utilizadas para fazer o plano de dados durar mais está desde desligar a conectividade (29%) até desativar as notificações de áudio (28%). Um percentual idêntico simplesmente desliga os aparelhos durante a noite.
A edição atual do estudo foi feita pela Deloitte em 22 países, incluindo o Brasil. A consulta foi feita por meio de questionários eletrônicos com mais de 40.000 pessoas, das quais 2.000 brasileiras.
O smartphone, embora popularizado, é o objeto de consumo mais desejado pelo consumidor. De acordo com o levantamento, 62% pretendem comprar um smartphone no próximo ano. Em seguida, na lista de desejos, aparecem o notebook (31%) e tablet (28%).
Checagens noturnas
A pesquisa mostrou que os jovens brasileiros de 18 a 24 anos são os que mais checam notificações de mídias sociais no meio da noite: 45% declararam esse hábito. Entre os britânicos, o porcentual cai para 22%.
Os jovens canadenses (24%) e os australianos (31%) também ficam atrás dos usuários do Brasil quando o assunto é mexer nos smartphones em plena madrugada.
Mais de 60% dos pais entrevistados avaliam que os filhos utilizam o smartphone em excesso. Mais de 50% das pessoas que têm um relacionamento estável consideram que seu parceiro ou parceira utiliza demais o celular. Metade reconhece exagerar nessa utilização.
Apps mais utilizados
Os aplicativos de troca de mensagens instantâneas são os mais utilizados pelos participantes da pesquisa: 94%. O segundo grupo mais lembrado é o de redes sociais (89%).
Quase metade dos brasileiros consultados indicou “não ver necessidade de ter mais aplicativos”. Outro fator que restringe a aquisição de APPs, citado por 39% dos consultados, é a falta de memória para armazenamento. Outros 10% dizem utilizar-se do navegador de internet para ter acesso a facilidades oferecidas por alguns apps e 5% não querem gastar mais com isso.
Para apurar os resultados sobre hábitos de consumo de tecnologias móveis, a Deloitte consultou por meio de questionários eletrônicos mais de 40.000 pessoas, de 18 a 55 anos, das quais 2.000 do Brasil.