A arrecadação milionária dos clubes com bilheteria no Brasileirão
Durante o primeiro turno, clubes da série A somam quase 250 milhões de reais em bilheteria e levam mais de 5 milhões de torcedores ao estádio
Concluída a primeira metade do Campeonato Brasileiro, a arrecadação total das 20 equipes da série A, somadas, é de 242 milhões de reais. Em edição histórica, o público total durante os jogos já ultrapassou os cinco milhões. Com 179 partidas disputadas com torcida até aqui, a média está na casa dos 28 mil torcedores por partida, com arrecadação de cerca de 1,3 milhão por jogo. “É fundamental idealizar estratégias eficazes durante o campeonato, para além do horizonte, a fim de garantir maior proximidade com os fãs e consolidar a marca da instituição” diz Bruno Brum, CMO da End to End, empresa que realiza ativações
Puxando a fila das equipes que mais faturaram durante os jogos em casa, o Flamengo arrecadou em torno de 31 milhões de reais em nove partidas. O rubro-negro, aliás, é o time que registrou o maior público e renda da competição, com 65,4 mil espectadores presentes no confronto contra o América-MG, quando também garantiu receita próxima à casa dos 4 milhões de reais.
Completam o top 5 o São Paulo, com 26,4 milhões de reais em 10 partidas, Palmeiras com 23 milhões de reais em nove jogos, Grêmio (20 milhões de reais em 10 partidas) e Corinthians (17,6 milhões de reais em sete duelos em casa). Na outra ponta, o América-MG é a equipe que menos faturou, com pouco mais de 1 milhão de reais arrecadados em nove jogos como mandante. Já em arrecadação por partida, o Corinthians ultrapassa o Grêmio.
O campeonato continua mantendo, também, a marca inédita de nove clubes com média superior a 30 mil torcedores por partida – considerando apenas os duelos em que houve público. O Flamengo é quem lidera o quesito, com mais de 58 mil torcedores por jogo, seguido de São Paulo (48,7 mil), Corinthians (39,6 mil) e Palmeiras (38,2 mil). Equipes com maior média de público fora do sudeste, o Bahia e o Fortaleza aparecem logo em sequência, com 35 mil e 34,9 mil, respectivamente.
Somente pela premiação esportiva oferecida pela CBF, os 20 clubes disputam um valor que, no ano passado, variou entre 15 e 45 milhões de reais de acordo com a posição na tabela e, para este ano, deve ser maior ainda. Agentes que contribuem para esse cenário são os patrocinadores oficiais da competição, como Assaí Atacadista, Binance, Brahma, Konami, Galera.bet e GIROAgro. Assim como essas empresas, outras também apresentam acordos para expor a marca nas painéis de LED dos estádios durante as partidas, casos da Intelbras e da Parimatch. Além do aporte financeiro à competição, as patrocinadoras também incentivam ações de engajamento com os torcedores. “É uma maneira de se aproximar dos comunicadores, que sabem da estrutura da companhia e participam de atividades que fazemos, e reconhecer o trabalho que têm desenvolvido”, comentou Marcos Sabiá, CEO do Galera.bet, sobre a ativação.
Os próprios camarotes também são opções interessantes para, além de fornecer maior conforto aos torcedores, poder, desta forma, movimentar a economia de outra maneira em dias de jogos. No Allianz Parque, opções de alta gastronomia também movimentam a economia. A GSH, por exemplo, é responsável pela operação de alimentos e bebidas do estádio e opera em dois restaurantes da arena. “Atualmente, os conceitos das arenas de futebol vão além de oferecer refeições rápidas. Hoje, ao acompanhar os jogos, os clientes podem usufruir de cardápios assinados por renomados exemplares da culinária contemporânea”, conta o CEO da empresa, Mark Zammit.
Se em público total o Flamengo domina, na proporção de sócios-torcedores a história é diferente, já que o Corinthians desbanca o Flamengo, que passa a ser segundo nesse ranking. Além disso, as equipes do nordeste também levam maior destaque: Fortaleza e Bahia aparecem na terceira e quinta posição, respectivamente. “Desde o início de minha gestão, no final de 2017, passamos de 7 mil sócios para cerca de 42 mil, atualmente. Realizamos diversas ações para elevar ainda mais esse número, e planejamos chegar aos 50 mil ainda em 2023″, pontua o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz.