A Verde Asset, um dos principais fundos de investimentos do país, publicou uma carta a seus investidores afirmando que aumentará sua exposição a ações. Segundo o gestor do fundo, Luis Stuhlberger, já passou o primeiro momento da pandemia e agora, com a perspectiva de uma vacina para controlar a doença definitivamente, o mercado possui espaço para retomar o patamar antes da crise sanitária. “Embora os mercados estejam sendo cada vez menos influenciados unicamente por novidades sobre a doença, acreditamos que as vacinas trazem um potencial relevante em termos de acelerar o ritmo de recuperação econômica global”, afirmou em comunicado.
A carta de Stuhlberger acaba sendo uma chancela ao mercado acionário, sempre colocado em suspeição, dado o descolamento dos índices da economia real. Contudo, a explicação deixa clara que o que se está precificando não são os valores de momento, ou os balanços que vêm sendo publicados nas últimas duas semanas, mas o momento futuro das empresas, principalmente após 2021. Assim, quanto mais rápido a economia puder retornar ao seu funcionamento completo, mas rapidamente as ações das empresas retomarão o patamar pré-Covid-19.
A bolsa de valores vem recuperando pouco a pouco o terreno perdido desde janeiro, quando a pandemia de Covid-19 instalou-se em todo o mundo. Após ter beijado o patamar de 120.000 pontos em 23 de janeiro, o índice Ibovespa, o principal da bolsa de valores de São Paulo, a B3, despencou, e agora volta para o patamar acima de 100.000 pontos. Nesta segunda, 10, o indicador fechou em 103.444 pontos, refletindo as notícias de que congressistas americanos dos partidos Democratas e Republicanos devem chegar a um acordo quanto à continuidade do auxílio que o governo Trump tem dado às famílias americanas. A expectativa é de que o cheque de 600 dólares semanais continue a chegar aos mais necessitados. Já o dólar terminou em alta de 0,97%, cotado a 5,46 reais.