No Brasil em recessão, tem um novo setor da economia que cresce em ritmo avassalador e gera dezenas de milhares de emprego. Que vê a concorrência entre as maiores empresas trazer benefícios para os consumidores, atraindo centenas de milhões de reais em novos investimentos. Esse é o mercado de transporte em carros particulares chamados por aplicativos, um serviço resultante do que há de mais inovador no desenvolvimento tecnológico mundial. O Brasil é um dos países mais promissores desse novo mercado, por causa das suas grandes cidades e da deficiência do transporte público.
A americana Uber, pioneira que virou até sinônimo de aplicativo para transporte, vive uma crise de reputação: é criticada pelo péssimo ambiente de trabalho, decorrente de valores corporativos discutíveis, e pela queda abrupta na qualidade do serviço aos passageiros e motoristas. Ao mesmo tempo, concorrentes como a 99, a Cabify e a Easy apostam no atendimento ao passageiro, em estreitar o relacionamento com os motoristas e em descontos agressivos para se aproveitar da crise da líder do segmento e crescer.
É esse mercado competitivo e inovador que os deputados federais ameaçam enterrar com a aprovação, na semana que passou, do projeto de lei que cria uma série de entraves burocráticos e financeiros para quem quiser prestar o serviço. Os parlamentares que defendem o projeto dizem que o objetivo é defender os taxistas, mas não passou pela cabeça deles reduzir os impostos e a burocracia que encarecem esse serviço tão tradicional como inacessível para a maioria dos brasileiros (seja pelo preço elevado ou a limitação da oferta). É mais fácil onerar todos os meios de transporte para a população.
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