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A escalada da guerra dos chips entre EUA e China e o impacto nas bolsas

Abertura de mercado: Com Biden e Trump avançando nessa direção, tanto faz quem será o vencedor nos EUA. Haverá maior tensão com os chineses

Por Tássia Kastner
17 jul 2024, 08h28

Há uma guerra fria 2.0 sendo travada entre Estados Unidos e China ao redor do controle da produção global de semicondutores. A agência de notícias Bloomberg publicou duas notícias sobre o tema, que agora pesam sobre ações de tecnologia.

Primeiro, há a informação de que o governo Joe Biden esteja planejando elevar as restrições a empresas produtoras de semicondutores que mantenham laços com a China. O alvo principal é a ASML, companhia holandesa que tem uma fatia importante desse mercado. Acontece que a empresa holandesa tem laços fortes com uma universidade do país e é de lá que ela busca mão de obra para sua produção. E a universidade é conhecida por abrigar muitos estudantes chineses. Aí a acusação é de que esse seria um canal de transferência de tecnologia de semicondutores para a China.

Aí, depois disso, Donald Trump concedeu uma entrevista a Bloomberg Newsweek. Um dos tópicos foi Taiwan, onde está localizada a TSMC, outra relevante produtora de semicondutores. A China tem tentado retomar o controle sobre a ilha para avançar justamente sobre a produção de chips.

Com Biden e Trump avançando na guerra fria dos chips, tanto faz quem vencerá a eleição nos EUA. Haverá maior tensão sobre as produtoras de semicondutores. Daí a queda de mais de 1% nos futuros da Nasdaq na manhã desta quarta-feira. As ações da holandesa ASML tombam mais de 7%, a TSMC recua 4% e a Nvidia cede 3%.

O S&P 500, que também virou um índice tech, dado o peso de Nvidia e big techs em sua composição, também cede com força nesta manhã, o que dificulta a vida das bolsas globais. Para além do cenário político, o dia será marcado pela publicação do Livro Bege, o documento do Fed que mostra as condições da economia americana.

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No Brasil, a política também pode pesar. O Supremo deu mais prazo para que o Congresso resolva o impasse da desoneração da folha de pagamento, o que acaba adiando o equilíbrio das contas. Há ainda o apego do mercado financeiro à nova declaração do presidente Lula sobre corte de gastos. Em entrevista a Record, ele reafirmou que precisa receber evidência de que o corte de despesas é mesmo necessário. Para a Faria Lima, é a repetição de que o governo não está comprometido com o corte de gastos – ainda que o plano de contingenciamento do Orçamento esteja em desenvolvimento.

O EWZ, que serve como termômetro para a bolsa brasileira, vai caindo 0,65% nesta manhã, ampliando a queda registrada ontem após duas semanas consecutivas de altas no Ibovespa.

Agenda do dia

9h30: EUA/Dept°. do Comércio: construções de moradias iniciadas preliminar de junho

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10h: Tom Barkin (Fed/Richmond) participa de mesa redonda 
10h35: Christopher Waller (Fed) participa de evento
11h: Haddad tem reunião com o governador Ronaldo Caiado

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14h: Oi Fibra vai a leilão
14h30: BC divulga fluxo cambial semanal
15h: Fed divulga Livro Bege

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Balanços: Alcoa e United Airlines, após o fechamento

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