Faltando apenas o anúncio público de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do nome da senadora Simone Tebet para o Ministério do Planejamento, a futura ministra já terá muito trabalho a fazer e há um problema que ela terá que monitorar: a conclusão do Censo 2022, que será entregue apenas no próximo ano.
O recenseamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficará embaixo do guarda-chuva de Tebet. A produção de dados sobre a população brasileira é fundamental para estruturar políticas e ações críveis e bem-sucedidas para o país e os dados foram deixados de lado no governo de Jair Bolsonaro.
Feito a cada década, conforme a lei 8.184/1991, o levantamento comporta informações robustas da população relativas a moradia, condição de renda e emprego. A cada mês, essa base é atualizada pela Pnad Contínua, pesquisa que traz recortes atualizados sobre condições de emprego e habitação por consulta amostral, aferida pelos pesquisadores. A pesquisa, que era pra ser realizada em 2020 foi suspensa por causa da pandemia de Covid-19 e teve os recursos redirecionadas para o combate a pandemia. O levantamento, que ficou para 2021 também não foi realizado, pois não havia verba orçamentária para a realização da pesquisa. Foi preciso uma decisão do Supremo Tribunal Federal tornando mandatória a pesquisa em 2022. Porém, há três dias do fim do ano, faltam cerca de 20% dos domicílios.
O Censo coleta informações do domicílio, moradores, estado-civil, trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo. Todos esses dados são fundamentais para a mensuração de recursos para políticas públicas e programas sociais, e mostram a importância da pasta da área econômica ocupada por Tebet.
Além do IBGE, o IPEA também ficará a cargo do Ministério do Planejamento da senadora. Os dados da economia brasileira são fundamentais para a formulação do Orçamento e o desenho das políticas do governo.