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A reação dos caminhoneiros à promessa do governo sobre preço do diesel

Chorão, presidente da Abrava, pede transparência à Petrobras e ao governo sobre plano de acabar com o PPI e teme efeitos no abastecimento

Por Larissa Quintino Atualizado em 6 abr 2023, 17h38 - Publicado em 6 abr 2023, 10h34
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  • A declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a posterior negativa da Petrobras sobre diretrizes para alteração do preço dos combustíveis deixaram os caminhoneiros ressabiados. Segundo Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) afirmou que a categoria espera transparência da estatal e um plano bem estruturado para que não haja efeitos no abastecimento.

    Na quarta-feira, Alexandre Silveira afirmou que a Petrobras já tinha as diretrizes de uma medida para alterar a política de preços com parâmetros baseados no mercado interno e que essa mudança pode provocar a redução em até 25 centavos no litro do diesel. Pouco depois da declaração dada à GloboNews, a Petrobras negou a investidores que tivesse recebido o projeto citado.

    Chorão, que foi um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, afirma que as promessas sem a devida transparência preocupam, já que também foram feitas no governo anterior. “A tomada de decisão vai ter que ter pulso firme e forte, porque se precisa acabar, de fato, com o preço de paridade de importação, porque nós ganhamos em real e não em dólar”, afirma o caminhoneiro nesta quinta-feira, 6.

    Chorão lembra que o Brasil não é autossuficiente no refino de petróleo e depende da importação, por isso, a nova política precisa ser bem estudada para não para não prejudicar o abastecimento dos combustíveis. “Precisamos que a Petrobras tenha um planejamento que passe para a população, que passa para nossa categoria, para o agro, para a indústria. Se não a gente ainda vai continuar na mão dos grandes importadores. Se não for viável vender para o Brasil, fora do PPI, eles não vão vender”, explica.

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    A política de paridade de preço da Petrobras está em vigor desde 2016 e leva em consideração o câmbio e o preço do barril de petróleo no mercado externo. No governo anterior, houve troca de três presidentes da petroleira por discordância com a política de preços por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente Lula também não é simpático a política e questionou diversas vezes a paridade internacional durante a campanha.

    Segundo a associação de importadores, a Abicom, os preços do diesel no Brasil praticados nesta quinta-feira, 6, estão em linha com o mercado internacional. Já a gasolina está 7% abaixo da paridade.

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