Ações da Google sobem com anúncio de primeiro dividendo da empresa

Abertura de Mercado: resultados da Alphabet, dona da Google, e a Microsoft foram turbinados por serviços de inteligência artificial

Por Tássia Kastner
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h54 - Publicado em 26 abr 2024, 09h39

Investidores têm mostrado que é possível olhar para as big techs de forma isolada, e não apenas como o grupo das “Sete Magnificas” que agora ditam os rumos da bolsa americana (e os humores do mercado financeiro mundial).

Ontem, a Alphabet, dona da Google, e a Microsoft divulgaram seus resultados do primeiro trimestre mostrando que a inteligência artificial têm turbinado a demanda por serviços de computação na nuvem das companhias. A Google faturou US$ 67,6 bilhões no trimestre, acima dos US$ 66,1 estimados por analistas. O lucro também ficou acima das estimativas.

Mais impressionante, porém, foi a decisão da companhia de distribuir dividendos pela primeira vez na sua história. A decisão faz as ações da companhia avançarem 11% no pré-mercado.

Empresas de tecnologia costumam reter pagamentos de dividendos,

porque os recursos são tradicionalmente usados para expansão e desenvolvimento de novas tecnologias. Pagar dividendos costuma significar que a empresa não tem destino melhor para os recursos, o que sinalizaria uma estagnação na inovação e risco de ficar para trás em relação a concorrentes. De forma alternativa, então, o mais comum é que as empresas decidam por programas de recompra de ações, esses sim mais frequentes e mais silenciosos.

Continua após a publicidade

Dessa vez, porém, investidores não têm dúvidas de que, após 25 anos de história, o Google tem dinheiro o bastante para fazer os dois: investir em IA e agraciar seus acionistas.

Do lado da Microsoft, uma alta de 17% nas receitas, também acima das projeções, ajudou a companhia a seguir o embalo da Google, subindo 4% no pré-mercado. Na retomada da confiança tech, até a Meta, responsável pelo pessimismo de ontem, avança.

Para além da temporada de balanços, o noticiário deve se concentrar na divulgação do PCE, o indicador de inflação usado pelo Fed para decidir o futuro da taxa de juros. Ontem, para além do efeito-Meta, a divulgação do PIB dos Estados Unidos trouxe o receio de que a inflação do país rodou acima do estimado no primeiro trimestre. O dado de hoje, então, será o teste de realidade.

Continua após a publicidade

Para o investidor brasileiro, a sexta começa embebido em pessimismo, com queda de mais de 1% no EWZ, o ETF que representa as ações brasileiras em Nova York. O tombo ocorre apesar do viés de alta nos papéis de Vale e Petrobras, as duas empresas que lideram o Ibovespa. Por aqui, a agenda mais importante ocorre pela manhã, com a divulgação do IPCA-15.

Agenda do dia

9h: IBGE divulga IPCA-15 de abril
9h: Campos Neto palestra em evento da YPO
9h30: EUA publicam inflação medida pelo PCE
10h: Boletim Trimestral de Estatísticas Fiscais do Tesouro
22h30: Lucro industrial na China em março

Balanços

Antes da abertura: Chevron e ExxonMobil
Após o fechamento: Hypera

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.