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Alta do dólar faz inflação da indústria subir 0,92% em agosto

Índice de Preços ao Produtor, do IBGE, mede os valores da porta da fábrica, sem impostos e frete; setor extrativo puxou a alta

Por da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 15h39 - Publicado em 25 set 2019, 09h31
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  • O aumento dos preços do minério de ferro no exterior e a valorização do dólar pressionaram o aumento de 0,92% na inflação da indústria em agosto, na comparação com julho. É o que mostra o Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Foi a primeira alta após duas quedas consecutivas em junho (-1,13%) e julho (-1,20%). No acumulado no ano, os preços subiram 2,48% e, em 12 meses, 1,43%. O IPP mede a variação dos preços dos produtos na porta das fábricas, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

    O indicador para o setor extrativo teve aumento de 7,67% em agosto, acumulando 30,36% no ano e 31,44% em 12 meses. Esses resultados fizeram com que as indústrias extrativas tivessem a maior influência no índice geral.

    Entre as atividades, o destaque ficou com o minério de ferro. “Houve um aumento nos preços no exterior, além de uma depreciação do real ante o dólar, da ordem de 6,4%”, explicou o gerente da pesquisa, Alexandre Brandão.

    A segunda maior influência foi dos alimentos, com destaques para a soja, as carnes bovinas e o leite.
    Os produtos derivados de soja, como óleo e farelo, bem como o leite bovino tiveram maior demanda no período. Já para as carnes bovinas a maior influência veio da exportação, por conta da variação cambial.

    O dólar também influenciou outras atividades, que passaram de queda em julho para aumento em agosto, como transportes, especialmente aviões, que passaram de -1,04% para 3,65%, e commodities, como fumo (de -1,43% para 3,29%) e madeira (de -1,17% para 0,93%).

    “A variação cambial só não teve influência maior sobre produtos em que a concorrência internacional é maior, como foi o caso do papel e celulose, que tiveram queda de 1,07% devido à pressão do mercado chinês”, concluiu Alexandre.

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