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Ameaçando deixar o Brasil, GM fecha no azul e dá bônus nos EUA

Em janeiro, empresa disse que poderia sair do país caso os lucros não voltassem; negociações com sindicatos continuam

Por Da Redação
6 fev 2019, 19h51

A General Motors (GM) voltou a ficar no azul no quarto trimestre de 2018, graças ao aumento dos preços de suas picapes e caminhonetes SUV e ao plano de austeridade, e decidiu pagar um bônus excepcional a seus funcionários americanos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 6. A situação global da empresa se contrasta com o atual cenário da empresa no Brasil, onde já ameaçou deixar o país, caso os lucros não voltem.

A maior fabricantes de automóveis dos EUA anunciou ter tido um lucro líquido de 2,04 bilhões de dólares (7,5 bilhões de reais), nos três últimos meses do ano.

A GM tinha registrado prejuízo líquido de 5,1 bilhões de dólares (18,9 bilhões de reais) no quarto trimestre de 2017 devido às cargas fiscais elevadas. Em Wall Street, suas ações subiam mais de 4% nas negociações antes da abertura da sessão.

No ano, a GM registrou lucro líquido de 8,01 bilhões de dólares (29,6 bilhões de reais), com vendas de 147,05 bilhões de dólares (+1%), aproximadamente 545 bilhões de reais.

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Graças ao bom resultado, a montadora decidiu oferecer um bônus excepcional que pode chegar a 10.750 dólares (39 mil reais) a seus 46.500 funcionários americanos. A companhia confirmou seu principal objetivo financeiro de 2019 de um lucro por ação ajustado entre 6,50 e 7 dólares, apesar de uma queda nas vendas de carros na China e de um limite nos Estados Unidos, os dois maiores mercados do mundo.

Situação no Brasil

No Brasil, a situação da empresa não é boa. A GM informou seus funcionários em janeiro, que caso os lucros não melhorem, poderia deixar o país. Os diretores da montadora já se encontraram com os sindicatos e as negociações seguem. Além disso, ocorreram conversas com prefeitos e governo.

A princípio, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, uma das sedes de fábricas da GM, disse que a empresa colocou 28 condições na mesa. Entre elas, estavam a diminuição do piso salarial e o aumento da jornada de trabalho.

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Nesta quarta-feira, ocorreria uma nova reunião com o sindicato. No entanto, ela foi cancelada e remarcada para a próxima quinta-feira, 7, por causa da chuva.

Segundo a GM, existe um plano de investimentos de 13 bilhões de reais no Brasil, entre 2014 a 2019. A empresa afirmou que um novo aporte de 10 bilhões de reais nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos até 2024, depende da viabilização de algumas condições, que segundo a montadora, “estão sendo negociadas”.

Procurada, a GM disse que não irá comentar.

(Com AFP)

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