Aneel anuncia aumento acima de 50% nas bandeiras tarifárias
Além da bandeira verde, sem cobrança, todas as categorias passaram por reajustes
Com o aumento do custo de produção de energia no país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 21, o reajuste nos valores das bandeiras tarifárias. As cobranças extras, para o período de julho de 2022 a junho de 2023, chegam com a perspectiva de mais pressão no setor de serviços de energia.
Para além da bandeira verde, sem cobrança adicional, todas as outras categorias passaram por reajustes, duas bem acima de 50%. Conforte o último reajuste anual, a bandeira amarela passou de 1,874 real para 2,989 reais por 100 kWh consumidos, a bandeira vermelha 1 foi de 3,971 reais para 6,500 reais, e, em menor alta, a bandeira vermelha 2 passou de 9,492 reais para 9,795 reais a cada 100 kWh consumidos. Respectivamente, os aumentos foram de 59,5%, 63,7% e 3,2%.
A diretoria colegiada da Aneel entrou em acordo hoje para os reajustes, muito embora os percentuais elevados já estavam sendo ventilados anteriormente. Em abril, foi aberta uma consulta pública sobre os valores do reajuste. Naquele momento, a proposta era de aumentos de 56% e 57%, respectivamente, para as bandeiras amarela e vermelha 1. Já a bandeira vermelha 2, a de maior preço, foi proposta redução de 1,7%. A Aneel falou de acréscimos nos “valores de cálculo”, para justificar o reajuste maior anunciado hoje, 21.
A Aneel divulga todo mês a bandeira tarifária em vigor. No momento, está em vigor a bandeira verde, sem cobrança, considerando a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. A possibilidade da cobrança ao consumidor depende diretamente do aumento de custo para produção de energia.