O Brasil fechou 12.292 vagas de emprego com carteira assinada em novembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.
Foi o primeiro saldo negativo após sete meses de geração de emprego com carteira assinada no país. No mês passado entraram em vigor as regras da reforma trabalhista, que prevê novas formas de contratação, como emprego intermitente.
O resultado de novembro reflete a diferença entre 1.111.798 contratações e 1.124.090 demissões.
No acumulado do ano, houve criação de 299.635 empregos formais, representando uma expansão de 0,78% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos 12 meses, entretanto, o país perdeu 178.528 postos de trabalho, uma retração de 0,46% no contingente de empregados com carteira assinada em relação a novembro de 2016.
Desempenho por setor
Em novembro, apenas o comércio registrou aumento de vagas com carteira assinada: 68.602 postos a mais de trabalho. Esse desempenho foi puxado, principalmente, pelas contratações feitas pelo comércio varejista (65.924 postos formais) e atacadista (2.678 empregos).
Outros setores, como indústria de transformação (-29.006), construção civil (-22.826), agropecuária (-21.761), serviços (-2.972), administração pública (-2.360), extrativa mineral (-1.155) e serviços industriais de utilidade pública (-814) cortaram vagas em novembro.
Dos dez subsetores industriais, apenas dois registraram expansão do nível de emprego: material de transporte e metalúrgica. Todos os demais tiveram redução de vagas, com destaque para indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (-8.615).