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Após abscessos em carne exportada, governo vai rastrear vacinas

Ministério da Agricultura e produtores relacionam desconformidades na carne a possível reação à dose; entidade diz que vacina é segura

Por Anaïs Fernandes
Atualizado em 4 jun 2024, 20h42 - Publicado em 23 jun 2017, 18h40
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  • Curral do frigorífico JBS em Vilhena, Rondônia
    Curral de frigorífico. (Fabiano Accorsi/VEJA)

    O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, afirmou nesta sexta-feira que o governo fará uma investigação para verificar a qualidade das vacinas aplicadas nos animais cuja carne foi exportada.

    “Temos como fazer um rastreamento de todos os lotes [da vacina] usados. Vamos fazer um levantamento para testar a sua qualidade”, disse Novacki.

    Determinar a causa dos chamados abscessos (espécie de caroços com pus) na carne bovina brasileira “in natura” exportada aos Estados Unidos tem gerado divergências entre o governo, exportadores e produtores de vacina contra a febre aftosa.

    A desconformidade foi um dos argumentados apresentados pelo Departamento de Agricultura norte-americano para suspender, na quinta-feira (22), toda a importação do produto.

    Em comunicado, o ministro brasileiro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que a não conformidade das exportações brasileiras dizem respeito aos abscessos, uma reação a componentes da vacinação da febre aftosa.

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    “O Brasil, muito provavelmente, é o único país que exporta para os Estados Unidos, livre de febre aftosa, porém com vacinação. E no manuseio das partes em que é feita a vacinação, têm sido encontrados abscessos”, afirmou. O ministro ressaltou que as vendas para os EUA configuram um “mercado novo, que tem comprado parte dianteira dos bovinos nossos, e é, justamente, nessa região que é feita a vacinação.”

    Para Emílio Salani, vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), entidade que reúne indústrias produtoras da vacina, porém, não é possível afirmar que a composição da vacina em si esteja causando as desconformidades na carne brasileira exportada.

    “A vacina é segura e eficiente”, afirma Salani. Segundo o Sindan, eventuais reações provocadas pela vacina ocorrem por uma série de fatores, como a base oleosa e adjuvantes utilizados, a sensibilidade e o estresse do animal e o processo de vacinação em si, com agulhas mal esterilizadas ou inadequadas e a aplicação em locais errados.

    Salani diz que todas as vacinas produzidas são controladas pela indústria e os mesmos testes de qualidade e segurança são feitos pelo Ministério da Agricultura. “Em tese, o que se estaria dizendo é que a vacina que o próprio ministério aprovou não é legal”, diz.

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    Exportadores

    À agência Reuters, Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), explicou que o setor, antes mesmo da suspensão, retirava os abscessos da carcaça verificados visualmente —um procedimento que, segundo ele, gera um prejuízo diário de até 1,5 tonelada, por cortes que inicialmente não seriam necessários.

    “E mesmo assim, por abscessos não visíveis, esse problema foi detectado”, disse, ressaltando que o problema não vem de uma vacina mal aplicada, mas sim de uma reação ao componente da vacina.

    (Com Reuters)

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