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Após leilão do BC e bater nos R$ 4,12, dólar recua e opera nos R$ 4,09

Venda do banco central impacta a moeda, mas, segundo analistas, o efeito é temporário

Por André Romani 20 Maio 2019, 15h33

O dólar comercial apresenta leve queda nesta segunda-feira, 20, após o Banco Central realizar o leilão da moeda anunciado na sexta-feira à noite. Às 15h15, a moeda caia 0,2%, cotada a 4,09 reais na venda. Durante a manhã, o dólar chegou a bater nos 4,12 reais, mas recuou.

Ao ofertar dólar, o BC espera aumentar sua previsibilidade e baixar o preço no mercado de câmbio. A moeda atingiu na semana passada seu maior valor desde setembro de 2018, devido ao avanço da guerra comercial entre Estados Unidos e China e às incertezas no cenário político brasileiro, com o mercado considerando fraca a articulação do governo para aprovar a reforma da Previdência, ponto de suma importância para os investidores.

Os dois leilões desta segunda-feira arrecadaram 1,25 bilhão de dólares –valor máximo, por dia, estipulado pelo BC para as ofertas desta semana. Novas sessões estão marcadas para terça e quarta-feira. Com isso, podem ser leiloados até 3,75 bilhões de dólares.

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Segundo analistas do mercado financeiro, o valor leiloado nesta segunda-feira é incomum e ajudou a valorizar o real diante do dólar, mas o efeito não deve ser duradouro, podendo ser revertido ainda nesta segunda-feira. Isso porque os leilões são de rolagem, ou seja, não representam uma injeção de capital no mercado, mas sim a renovação de posições já abertas.

Além disso, essa oferta se volta para o mercado à vista, e não para o mercado futuro (em que se estabelecem contratos de compras para o futuro), onde, para os analistas ouvidos por VEJA, se concentra a maior pressão da moeda no momento.

Para o mercado, a oferta de contratos de swap cambial (que é feita no mercado futuro) seria mais efetiva e intensa, caso a intensão do BC fosse realmente intervir no câmbio. Por enquanto, a interpretação dos investidores é que esse foi apenas um recado da instituição, de que poderão ser tomadas atitudes mais bruscas caso a especulação da moeda não seja contida.

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