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Após PIB, dólar sobe e Ibovespa fica no zero a zero

Dados fortes do PIB no segundo trimestre não são suficientes para animar investidores

Por Juliana Machado 3 set 2024, 11h11

Um Produto Interno Bruto (PIB) acima das expectativas no segundo trimestre deste ano não foi suficiente para deixar os investidores animados o bastante para voltar às compras na bolsa. Na manhã desta terça-feira, o Ibovespa, principal índice de ações da B3, oscila perto da estabilidade, na região dos 134.722 pontos, enquanto o dólar comercial sobe 0,41%, a 5,6157 reais.

O movimento dos mercados acontece após a divulgação do PIB brasileiro, que teve a surpreendente alta de 1,4% no segundo trimestre ante o primeiro e de 3,3% frente ao segundo trimestre de 2023. Nos dois casos, o número veio acima das expectativas.

Números mais fortes do PIB são favoráveis para companhias ligadas à economia real, como varejo e consumo, mas também trazem um alerta em relação à inflação. Com o fortalecimento da atividade vindo do segmento de serviços, as preocupações dos investidores quanto ao futuro da política monetária crescem, já que, diante dos riscos de uma inflação maior, o Banco Central precisará adotar uma postura mais inclinada à alta de juros (“hawkish”, no jargão do mercado).

“Se, por um lado, temos as boas notícias de uma demanda interna forte, uma indústria se recuperando e serviços e investimentos crescendo, por outro isso tudo traz consigo uma preocupação: a manutenção das pressões inflacionárias”, afirma Helena Veronese, economista-chefe B.Side Investimentos. “Um PIB mais forte impulsionado justamente por componentes que são mais sensíveis ao ciclo monetário, como consumo das famílias, impõe uma pressão adicional ao Banco Central, que já vinha sinalizando a possibilidade de uma nova alta na taxa Selic.”

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Para a economista, os dados do PIB fazem crescer a probabilidade de que o BC aumente os juros já na próxima reunião de política monetária da autarquia, em 18 de setembro. Nesse contexto, a divulgação, na próxima semana, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, será um divisor de águas.

Em comentário a clientes, a boutique de investimentos Highpar afirma que, daqui para frente, será importante acompanhar o impacto do aperto das condições financeiras, em especial dos contratos de juros futuros de prazo mais longo na bolsa, sobre a dinâmica do crédito e o impacto potencial de novas altas da taxa Selic.

“A fotografia atual é de uma economia forte. Isso exige um ‘estado de alerta’ do Banco Central com a inflação mais sensível à demanda, que tende a subir mais do que no primeiro semestre”, afirma.

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