A Petrobras passa a publicar em seu site, a partir desta segunda, o preço médio nacional do litro da gasolina e do diesel nas refinarias e terminais, sem incluir os impostos. A política de divulgação foi anunciada no último dia 7 pelo presidente da estatal, Pedro Parente. Em comunicado, a empresa diz que a medida dá mais transparência à composição do preço final dos combustíveis.
A mudança ocorre após o governo pedir ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que investigue a existência de um suposto cartel de postos de combustível, que não repassaria cortes no preço da gasolina ao consumidor.
“Queremos que a queda de preços da Petrobras chegue aos consumidores. Não podemos assistir de mãos atadas à atuação cartelizada das corporações do setor em prejuízo da população”, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, no Twitter.
Os postos atribuem os aumentos aos reajustes feitos pela Petrobras e à carga tributária sobre os produtos.
O litro da gasolina nas refinarias passará de 1,487 reais para 1,514 reais a partir de terça-feira. O cálculo leva em conta o valor médio cobrado às distribuidoras pelo combustível puro – o chamado tipo A. Ao contrário da gasolina vendida nos postos, esta não tem adição de etanol. O preço do diesel A – sem biodiesel – subirá de 1,711 reais por litro para 1,736 reais.
O preço cobrado das distribuidoras é um dos componentes do produto que chega para o consumidor final, e os postos de combustível têm liberdade para definir os valores praticados.
O comunicado da Petrobras traz dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) de que o valor médio da gasolina quando houve mudança na política de preços da estatal, em outubro de 2016, era de 3,69 reais por litro. E, neste mês de fevereiro, subiu para 4,23 reais o litro (variação de 54 centavos).
A empresa afirma que, do total, os ajustes feitos por ela respondem por 9 centavos – um sexto do valor final. No caso do diesel, o valor era de 3,05 reais por litro e chegou a 3,40 reais, variação de 35 centavos, dos quais os ajustes feitos pela Petrobras respondem por 12 centavos (um terço).
(Com Estadão Conteúdo)