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Após quatro meses de queda, setor de serviços reage e avança 5% em junho

Atividade já vinha em baixa antes mesmo do coronavírus e conseguiu reverter tendência com a reabertura gradual; no semestre, o recuo é de 8,3%

Por Larissa Quintino Atualizado em 13 ago 2020, 09h57 - Publicado em 13 ago 2020, 09h39
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  • O setor de serviços, que representa mais de 70% do PIB brasileiro, foi o mais afetado pela pandemia do novo coronavírus. Com o fechamento de atividades não essenciais, o setor que já vinha em queda, acumulou quatro meses consecutivos de baixas. Porém, em junho, com a flexibilização do distanciamento social em boa parte do país, a tendência se reverteu. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as atividades avançaram 5% em junho. A demora maior para a reação dos serviços em relação à indústria e ao comércio, que mostraram recuperação a partir de maio, ocorre porque a maioria das atividades de serviços é prestada de forma presencial.

    Mesmo com o resultado positivo, o volume ficou 14,5% abaixo do patamar registrado em fevereiro, último mês antes da implementação das medidas de isolamento social para controle da pandemia de Covid-19. No primeiro semestre, a queda acumulada é de 8,3%, mostrando a importância das perdas para o setor.  

    Entre os 166 serviços analisados pela pesquisa, o segmento de restaurantes foi um dos que mais influenciaram o índice, com crescimento de 17,3% em serviços de alimentação e alojamento. “Com as medidas de isolamento, muitos restaurantes estavam fechados, ainda que alguns estivessem funcionando por delivery. Com a flexibilização, ou seja, com o aumento do fluxo de pessoas nas cidades brasileiras, eles começaram a abrir e a receita do segmento voltou a crescer, impactando o volume de serviços de junho”, explica o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, Rodrigo Lobo.

    Os cinco setores pesquisados acompanharam o resultado positivo geral do mês, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com avanço de 6,9%. “Entre os segmentos do setor que tiveram crescimento esse mês estão transporte rodoviário de carga, transporte aéreo de passageiros e operação de aeroportos. Com isso, o setor de transporte teve o aumento mais intenso desde junho de 2018”, complementa.

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    Apesar do avanço de 5% em junho, o setor de serviços fechou o primeiro semestre de 2020 recuando 8,3%, com queda em quatro das cinco atividades pesquisadas. O levantamento aponta a influência do fechamento dos estabelecimentos durante o isolamento social na queda do setor de serviços prestados às famílias, que recuou 35,2% no período. A queda foi influenciada principalmente pela retração nas receitas de restaurantes, hotéis, bufê e outros serviços de comida preparada.

    Turismo reage

    Em junho, o índice de atividades turísticas avançou 19,8% em comparação a maio. É a segunda taxa positiva seguida, período em que acumulou crescimento de 28,1%. O segmento de turismo tinha uma perda acumulada entre março e abril de 68,1%, refletindo o impacto das medidas preventivas para combate à pandemia de Covid-19 nas empresas que compõem as atividades do setor. Entre as atividades mais atingidas estão transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis. Segundo IBGE, o crescimento do turismo pode ser visto em todos os doze estados que fazem parte da pesquisa.

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