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Arrecadação sobe 3% e tem melhor junho desde 2015

O destaque foi o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF)- Rendimentos do Trabalho, com alta de 9,45%

Por Reuters 19 jul 2017, 11h25
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  • A arrecadação do governo federal subiu 3% em junho, em termos reais, na comparação com igual mês de 2016, atingindo 104,100 bilhões de reais. Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2015, segundo a Receita Federal.

    O resultado de junho foi beneficiado pelo crescimento na arrecadação de importantes tributos na comparação com 2016. O destaque foi para o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF)-Rendimentos do Trabalho, com alta de 9,45%, equivalente a um acréscimo de 726 milhões de reais.

    Também tiveram desempenho positivo a arrecadação de Cofins/Pis-Pasep (+2,79%, ou mais 598 milhões de reais); de IPI, exceto vinculado (+20,65%, alta de 490 milhões de reais), além de IRRF-Rendimentos de Capital (+4,51%, ou mais 445 milhões de reais).

    O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na semana passada que a performance da arrecadação no mês, segundo dados preliminares, havia sido positiva.

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    Imerso em intensa crise política, o governo segue acompanhando esse desenrolar com lupa para calibrar eventual necessidade de elevar impostos para cumprir a meta de déficit primário deste ano, de 139 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social).

    No primeiro semestre, a arrecadação cresceu apenas 0,77%, já descontada a inflação, a 648,584 bilhões de reais, fortemente ajudada pela arrecadação de royalties no período, que fez a linha de receitas administradas por outros órgãos que não a Receita avançar 53,34%, a 17,777 bilhões de reais.

    Em contrapartida, as receitas administradas pela Receita Federal sofreram uma queda real de 0,20% de janeiro a junho, a 630,807 bilhões de reais.

    A fraqueza no desempenho eleva a pressão para o cumprimento da meta, tornando o governo cada vez mais dependente de receitas extraordinárias. Em relação àquelas previstas com concessões, por exemplo, o Tribunal de Contas da União (TCU) enviou um alerta na semana passada apontando para o risco de frustração das operações.

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    Até o final desta semana, o governo deverá indicar em relatório bimestral de receitas e despesas como vê o comportamento dessas duas variáveis para o ano — e o que fará para garantir o cumprimento da meta.

    Membros da equipe econômica têm repetido diversas vezes que o compromisso é com o alvo fiscal e que tudo que for necessário será feito para assegurá-lo.

    (Com Reuters)

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