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Artigo: A liderança humana vai levar vantagem na era da IA

A tecnologia serve para otimizar processos e conectar as pessoas

Por Cristina Palmaka
Atualizado em 3 jun 2024, 16h39 - Publicado em 31 Maio 2024, 06h00

À medida que a inteligência artificial (IA) transforma o cenário empresarial, fica evidente sua capacidade de otimizar processos e impulsionar a eficiência. Mas pouco se tem discutido sobre a oportunidade de utilizá-la para apoiar e potencializar o lado humano da liderança. Por que digo isso? Porque, conforme as máquinas assumirem as tarefas “duras” de um líder (como coleta de dados, análise e relatórios), os executivos que puderem liderar equipes com habilidades inerentemente humanas se destacarão.

Está provado que líderes mais humanos obtêm melhores resultados. Um estudo da empresa de desenvolvimento de liderança Potential Project, feito com 75 000 líderes e funcionários em todo o mundo na última década, demonstrou que os líderes que têm consciência (definida como a capacidade de estar ciente de si mesmo e do mundo ao redor), compaixão e sabedoria são mais eficazes e bem-sucedidos.

Com a ajuda da tecnologia para lidar com os aspectos cognitivos do trabalho, os líderes poderão se concentrar no que fazem de melhor: cuidar das pessoas e inspirá-las. Essa habilidade se tornará uma enorme vantagem nos próximos anos conforme a força de trabalho começar a se adaptar à IA.

Uma pesquisa de 2022 realizada pelo Pew Re­search Center revelou que uma das principais preocupações que as pessoas têm sobre a presença da inteligência artificial em suas vidas é que ela as isola de outros seres humanos. Um líder com um alto coeficiente de inteligência emocional pode ser esse conector que ajuda sua equipe a superar o isolamento causado por passar muito tempo na frente de uma tela se comunicando com uma máquina. Um líder compassivo e empático também pode ajudar uma equipe a superar o medo da mudança e as frustrações envolvidas em deixar velhos hábitos para aprender novos.

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“Os líderes poderão se concentrar no que fazem de melhor: cuidar das pessoas e inspirá-las”

A IA pode automatizar tarefas e fornecer insights valiosos, mas não pode replicar o toque humano. Por isso, os líderes mais bem-sucedidos serão aqueles que aproveitarem o potencial da tecnologia para aprimorar a capacidade de se conectar e impactar positivamente as pessoas, garantindo um uso responsável da IA e mantendo o ser humano no controle e no centro.

A rápida evolução da IA significa que mesmo os líderes mais experientes em tecnologia precisam se comprometer com uma jornada constante de aprendizado e adaptação. Adotar essa mentalidade será essencial para navegar nas complexidades da implementação da IA. E aqui entra outra característica das pessoas com alta inteligência emocional: a humildade para admitir o desconhecimento.

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Assim, à medida que avançamos para uma disseminação cada vez maior da IA, os líderes que navegam habilmente na interseção entre tecnologia e humanidade não apenas sobreviverão, mas serão capazes de criar organizações mais resilientes, adaptáveis e centradas nas pessoas. Ao adotar a IA como uma ferramenta para amplificar sua capacidade de se conectar, inspirar e liderar, eles irão colaborar para um futuro em que pessoas e negócios prosperem juntos.

*Cristina Palmaka é presidente da SAP Latin America & Caribbean

Publicado em VEJA, maio de 2024, edição VEJA Negócios nº 2

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