A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis admitiu que a interrupção do fluxo logístico, causado pelo fechamento de estradas, pode afetar o abastecimento de combustíveis no país. Para atenuar os efeitos a Agência tomou uma série de medidas para evitar a falta de combustíveis. As manifestações em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra o resultado das eleições entram no seu terceiro dia seguido. Os atos perderam força, mas permanecem em 17 estados do país.
Entre as medidas aprovadas pela ANP, a agência suspendeu as obrigações de manutenção de estoques semanais médios mínimos pelas distribuidoras, pois a carga pode ficar parada nas estradas mais tempo que o normal.
Visando evitar o desabastecimento no comércio, a ANP liberou os revendedores de GLP, o gás de cozinha, para vender seus produtos em botijões de outras marcas além das que estão autorizados a comercializar e liberou os Transportadores-Revendedores-Retalhistas (TRRs), a comercializar gasolina comum e óleo diesel diretamente com postos de combustível. Normalmente, só a venda de etanol é permitida entre essas partes.
Atos
Os protestos de caminhoneiros e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra o resultado das eleições e vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começaram na noite de domingo, pouco após a oficialização das urnas. Os protestos com pautas antidemocráticas e de teor golpista escalaram entre segunda e terça-feira e foram perdendo força a partir da atuação das Polícias Militares nos estados — autoridades pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, a agirem junto com a PRF — e o pronunciamento do presidente, que pediu que seus apoiadores preservem o direito de ir e vir da população e não usem “métodos da esquerda”.