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Atividade econômica avança pelo 7º mês, mas aponta ritmo mais lento

IBC-Br, 'termômetro' do PIB veio em linha com estimativas de analistas e subiu 0,59% em novembro; em outubro, avançou 0,86% e, em setembro, 1,29%

Por Larissa Quintino Atualizado em 18 mar 2021, 23h14 - Publicado em 18 jan 2021, 09h26

Termômetro do Banco Central usado para medir a atividade econômica no país, o IBC-Br indica que a economia segue em recuperação gradual, mas em menor ritmo. O índice engatou a sétima alta mensal consecutiva, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 18, e avançou em novembro 0,59%. Apesar do crescimento, a taxa mostra desaceleração em relação aos meses anteriores: em outubro, o crescimento foi de 0,86%, em setembro, de 1,29%. Em junho, mês de alta mais forte, o avanço foi de 4,89%.

Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. A alta da atividade em novembro era esperada devido à continuidade da retomada da indústria e um crescimento mais forte dos serviços, segundo dados medidos pelo IBGE e veio ligeiramente acima da expectativa do mercado financeiro. Segundo projeções da Bloomberg, analistas esperavam o nível de atividade econômica em 0,50% em novembro.

Assim como ocorreu na passagem de setembro para outubro, a desaceleração no nível de atividade em novembro tem como ponto importante a diminuição do valor das parcelas do auxílio emergencial. O benefício pagou cinco parcelas de 600 reais a trabalhadores informais afetados pela crise e, entre setembro e outubro, o valor diminuiu para 300 reais. As parcelas foram depositadas até dezembro.

No acumulado de 2020, o indicador recua -4,63%. Os dados mostram que, apesar da retomada vista nos últimos meses, há um grande impacto na quebra de oferta e demanda, provocado pela crise da Covid-19, principalmente no mês de abril. A estimativa do mercado é que o PIB do Brasil tenha fechado 2020 em 4,37%, segundo o Boletim Focus. O resultado consolidado só será divulgado pelo IBGE em março.

Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos. O resultado do PIB do segundo trimestre, por exemplo, trouxe avanço de 7,7%, enquanto o IBC-Br do mesmo período subiu 9,72%.

  • Leia também: Economia do Brasil sofre com gestão da pandemia e encolhe diante do mundo
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