A companhia aérea Azul anunciou nesta segunda-feira, 12, que vai estrear a ponte aérea entre os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) no dia 29 de agosto. Serão 34 operações diárias, ampliando a concorrência no maior mercado doméstico do país e o quarto maior do mundo. Segundo o presidente da Azul, John Rodgerson, as tarifas iniciais serão de 99 reais por trecho.
A companhia informa que as tarifas são promocionais e estão disponíveis até o dia 18, para reservas com antecedência mínima de 28 dias da partida do voo. A tarifa mais baixa encontrada pela reportagem, entretanto, é de 132,85 reais. Segundo a aérea, o valor promocional de 99 reais é sem taxas e, com as cobranças de embarque, a passagem chega aos 132,85 encontradas por VEJA.
Em setembro, a companhia será a única empresa a voar nessa rota, mesmo com a pista principal do Santos Dumont fechada para reforma, já que seus E-Jets estão habilitados para pousar na pista auxiliar do terminal. Serão 34 slots, sendo 15 herdados da Avianca Brasil e 19 realocados de voos de Porto Alegre e Curitiba, o equivalente a 17 voos por dia, em cada trecho, um a cada 50 minutos. A partir de outubro, a ideia da empresa é operar a rota com os A320Neo.
Em conferência para anunciar a entrada da empresa na ponte aérea, Rodgerson destacou a intenção da Azul de aumentar sua participação em Congonhas. De acordo com ele, ainda não há definição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a certificação das companhias MAP e Passaredo, que também ficaram com slots da Avianca Brasil, para operarem no aeroporto paulistano. Novamente, a companhia insistiu na tese de que os ATRs (aviões turboélice) de MAP e Passaredo não deveriam ser utilizados na pista principal de Congonhas. “O melhor uso desses ativos é na pista auxiliar”, afirmou o presidente da Azul.
Como o aeroporto de Congonhas é congestionado, criou-se uma exigência de velocidade mínima de aproximação final (120 nós) para as aeronaves que operarem no terminal nos horários de pico de movimentação, entre 7h e 9h e 18h e 21h. No mercado, existe uma dúvida sobre se os ATRs poderiam atingir esse requisito operacional. A Anac deve receber os documentos técnicos da MAP e Passaredo que comprovam o cumprimento dessas exigências, para que as empresas possam manter seus slots herdados da Avianca Brasil (14 para a Passaredo e 12 para a MAP).
O executivo disse ainda não ter “medo” de MAP e Passaredo em Congonhas, e avaliou que a entrada dessas empresas será benéfica ao consumidor. “Mas queremos que operem na pista auxiliar”, afirmou Rodgerson.
(Com Estadão Conteúdo)