Balanço de pagamentos de junho, do BC, mostra déficit de 4 bilhões de dólares
As exportações de bens caíram e as importações aumentaram em junho, segundo o Banco Central. Já os Investimentos diretos no Brasil cresceram
O Banco Central divulgou, nesta quinta-feira 25, os resultados do balanço de pagamentos para junho, revelando aumento significativo no déficit das transações correntes. Segundo o BC, o déficit é de 4 bilhões de dólares nas transações correntes. Em junho de 2023, o déficit registrado foi de 182 milhões.
A balança comercial registrou um superávit de 6 bilhões de dólares. O número, no entanto, representa uma queda em relação ao superávit de 9,3 bilhões de dólares no mesmo mês do ano anterior.
As exportações de bens caíram e as importações aumentaram. Os dados do BC mostram que as exportações totalizaram 29,3 bilhões de dólares, uma redução de 1,8%, enquanto as importações aumentaram 13,2%, somando 23,3 bilhões de dólares. Esse aumento nas importações, aliado à queda nas exportações, contribuiu para a redução do superávit comercial.
O déficit na conta de serviços aumentou 10,7%, atingindo 4,1 bilhões de dólares. As despesas líquidas com serviços de propriedade intelectual cresceram 82,8%, chegando a 793 milhões de dólares, e os gastos com transportes aumentaram 18,2%, totalizando 1,4 bilhão de dólares. No entanto, as despesas com viagens internacionais diminuíram 18,5%, alcançando 740 milhões de dólares.
O déficit em renda primária foi de 6,2 bilhões de dólares, levemente superior ao déficit de 6,1 bilhões de dólares de junho de 2023. As despesas líquidas com lucros e dividendos aumentaram 5,9%, somando 3,9 bilhões de dólares, enquanto as despesas com juros caíram 5,5%, totalizando 2,3 bilhões de dólares.
Os investimentos diretos no país (IDP) cresceram, com ingressos líquidos de 6,3 bilhões de dólares em junho de 2024, comparados a 2 bilhões de dólares em junho de 2023, indicando maior confiança dos investidores estrangeiros no Brasil.
As reservas internacionais do Brasil atingiram 357,8 bilhões de dólares em junho de 2024, um aumento de 2,3 bilhões de dólares em relação ao mês anterior. Esse crescimento, segundo BC, foi impulsionado por variações positivas nos preços e receitas de juros.