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Banco Inter é primeira fintech a abrir capital na Bolsa

O Banco Inter, da família Menin, dona da construtora MRV, movimentou 721,951 milhões de reais em sua oferta inicial de ações

Por Estadão Conteúdo
30 abr 2018, 13h28
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  • O banco Inter, cujas ações estreiam hoje na B3, que administra a Bolsa de São Paulo, é a primeira fintech a listar suas ações na no país. Segundo o presidente do banco digital, João Vitor Menin, a estreia na Bolsa deve ajudar o setor bancário brasileiro e, de quebra, estimular outras startups do setor financeiro a abrirem capital.

    Em cerimônia em comemoração à estreia do Inter, o executivo disse ainda que alguns bancos chegaram a sugerir que a instituição abrisse seu capital em uma bolsa estrangeira, visto que nos Estados Unidos, por exemplo, há grande presença de empresas do setor de tecnologia e, por isso, esse acaba sendo o destino de muitas companhias desse segmento.

    No entanto, Menin disse que o banco é brasileiro, feito por brasileiros e que, assim, seria justo que a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) fosse no Brasil.

    O presidente do banco Inter elogiou ainda a agenda do Banco Central, que segundo ele “tem tudo a ver com o banco Inter”. Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN), regulamentou as fintechs com o objetivo de estimular a concorrência no mercado de crédito e dessa forma reduzir os juros para o consumidor final.

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    O Banco Inter, da família Menin, dona da MRV, movimentou 721,951 milhões de reais em seu IPO. A ação foi precificada em 18,50 reais, um pouco acima do piso do intervalo previsto. A demanda pelas ações ofertadas chegou em 1,5 vez.

    Da oferta primária, que somou 541,463 milhões de reais, os recursos serão utilizados para investimentos para “incrementar operações de crédito”, investimentos em tecnologia, em marketing e expansão dos negócios por meio de aquisições estratégicas. Outros 180,487 milhões de reais referem-se à oferta secundária.

    B3

    Há um mito no mercado brasileiro de que o IPO de empresas de tecnologia precisam ser realizado fora do país, disse o presidente da B3, Gilson Finkelsztain. Segundo o executivo, existe no momento um esforço por parte da B3 para que as listagens dessas empresas sejam na bolsa local.

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    Finkelsztain disse ainda que as companhias brasileiras que escolhem Nova York para abrir seu capital acabam, depois da oferta, sendo “esquecidas”, visto que serão apenas mais uma entre inúmeras empresas ali listadas. Se a escolha é pela listagem na bolsa brasileira, a companhia de tecnologia poderá, com o tempo, participar de índices.

    Neste ano, em janeiro, a empresa de meios de pagamento PagSeguro abriu seu capital na bolsa de Nova York, em uma oferta que girou mais de 7 bilhões de reais.

    Em sua fala antes do toque do sino na bolsa, para estreia do papel do banco Inter, o presidente da B3 disse que a oferta da instituição é um passo importante para seu desenvolvimento e crescimento. “O IPO deve impactar de forma positiva o mercado bancário”, disse.

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