Banco norte-americano acredita na retomada da WEG; entenda a tese do BofA
Empresa apresenta resultados ruins no ano, sobretudo após a apresentação dos resultados do segundo trimestre

A ação da WEG (WEGE3) valorizou pouco mais de 1,5% na bolsa de valores na segunda-feira, 28. O movimento destoa do resultado do Ibovespa, que caiu 1%. E ilustra como uma breve fotografia a tese do Bank of America a respeito da companhia: a ação caiu desde a divulgação dos resultados do segundo trimestre do ano, cai cerca de 30% no acumulado do ano, mas a companhia vai voltar a crescer.
“Esperamos que o crescimento acelere novamente até 2027”, indica o BofA.
Para o banco norte-americano, espera-se da WEG um crescimento mais lento nos próximos trimestres – em torno de 8% do lucro por ação – até o fim do próximo ano. Isso tem como base alguns fatores.
Mas muda a tese de investimento?
Primeiro, a restrição de capacidade e o espaço diminuto para aumentar preços. Depois, menos receita com energia renovável e por meio de fusões e aquisições. O banco nem conta com o fato de que a companhia pode ser bastante penalizada se a guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos degringolar para a aplicação da tarifa de 50% para os produtos nacionais.
Mas embora a recomendação para o papel da WEG por parte do BofA seja ‘neutra’, os norte-americanos não enxergam “mudanças estruturais ou interrupções na tese da WEG”.
O que diz a empresa sobre seus resultados
O balanço divulgado recentemente, e referente ao segundo trimestre, mostrou que a WEG registrou lucro líquido de 1,59 bilhão. Foi uma alta superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado, mas o desempenho não foi suficiente para animar os investidores. Ou o mercado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o EBITDA, chegou a 2,9 bilhões. Mais uma vez, alta em relação ao mesmo período do ano anterior: 6,5%.
No comunicado emitido por ocasião do resultado, a WEG indicou a sua visão diante do cenário exterior. A companhia informou estar atenta aos riscos, “acreditando que a nossa visão de longo prazo, flexibilidade financeira e constante busca de eficiência operacional são fundamentais para o crescimento contínuo e sustentável da companhia”.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: