Instituições financeiras procuraram o Ministério Público para consultar mais detalhes sobre as regras e procedimentos para se fazer um acordo de leniência. A informação é de reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta quarta-feira. De acordo com a publicação, o movimento acontece em razão da iminência de uma delação premiada pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.
O ex-ministro está preso em Curitiba desde setembro de 2016, em decorrência da Operação Lava Jato. Palocci negocia o acordo de delação com os promotores e trocou o advogado responsável por sua defesa no mês passado. Ele foi ministro da Fazenda durante o primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2006.
De acordo com o Valor, as consultas dos bancos interessados em acordo de leniência – uma espécie de delação premiada destinada a empresas – foram feitas à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Os nomes dos interessados são mantidos sob sigilo.
Outro que foi preso em razão da Lava Jato e cuja possibilidade de delação premiada causa inquietação nos mercados, segundo a reportagem, é o doleiro Lúcio Funaro. Ele é apontado como operador de propinas do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).