A efetivação da compra da XP Investimentos pelo Itaú Unibanco ainda depende da análise do Banco Central (BC). Nesta quarta-feria, 13, o Itaú divulgou nota à imprensa afirmando que o processo de apreciação do negócio pela autarquia monetária segue o “rito e os cronogramas usuais para operações dessa natureza e complexidade, com participação ativa das partes envolvidas nas discussões com o regulador sobre a operação em questão”.
Em reportagem publicada nesta quarta-feira, 13, o jornal Valor Econômico mostra que o BC poderia impôr restrições mais duras à operação.
“Reforçamos nossa confiança de que o BC esteja cumprindo rigorosamente seu papel ao analisar de maneira minuciosa referida operação, como o fez em todas as outras operações a ele submetidas pelo Itaú Unibanco no passado. Reiteramos ainda nossa confiança na estrutura da operação e no investimento que foi negociado entre as partes e acreditamos que o regulador terá os insumos necessários para se manifestar de forma definitiva em prazo costumeiro e condizente com a magnitude dessa operação”, diz a nota.
Em março, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a compra da XP pelo banco. O aval ao negócio foi dado após um acordo que proíbe o Itaú de interferir na gestão da XP e de direcionar clientes para a corretora. A XP também foi proibida de firmar contratos de exclusividade com fundos de investimentos e gestores.
A compra de 49,9% da corretora pelo banco foi anunciada em maio do ano passado por 6,257 bilhões de reais. Há a previsão de que o Itaú possa deter até 75% da XP nos próximos anos. O acordo negociado com o Cade determina que, caso o Itaú venha a adquirir o controle da XP, a nova operação deverá ser notificada ao órgão para que seja reavaliada.