BC corta Selic para 6,5% e indica novas reduções
A nova taxa é a menor desde o início do regime de metas de inflação, em 1999, e a mais baixa de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira reduzir a Selic, em 0,25 ponto porcentual. Com isso, a taxa básica caiu de de 6,75% para 6,50% ao ano. É a 12ª queda consecutiva desde outubro de 2016. O comitê também sinalizou que poderá fazer um novo corte na sua próxima reunião.
A nova taxa é a menor desde o início do regime de metas de inflação, em 1999, e a mais baixa de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986.
A redução na Seilc era esperada pelo mercado financeiro, segundo os dados do último Boletim Focus. Em sua última decisão, de fevereiro, o Copom havia sinalizado que encerraria o ciclo de redução da Selic e a deixaria em 6,75%. Mas o órgão do BC deixou em aberto a possibilidade de novo corte se as condições de inflação mudassem.
Como ritmo de aumento de preços continua fraco no início neste ano, os especialistas apostaram no novo corte. Essa aposta foi corroborada pelo Copom nesta quarta. “.O comportamento da inflação permanece favorável, com diversas medidas de inflação subjacente em níveis baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”, disse a autoridade monetária.
O órgão do BC também deixou aberta a possibilidade de fazer uma nova redução na Selic no encontro marcado para os dias 15 e 16 de maio. “Para a próxima reunião, o Comitê vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional. O Comitê julga que este estímulo adicional mitiga o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas”. A última leitura do mercado financeiro, segundo o Focus, era de que a Selic fecharia o ano em 6,50%.
A Selic é a taxa usada como referência para definir os juros pagos em diversos contratos do sistema financeiro, de empréstimos para a compra de imóveis a cartões de crédito. Ela é definida em reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que é parte do Banco Central, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias. O BC altera a taxa básica de juros para controlar a inflação, por meio da influência que a Selic têm na oferta de dinheiro disponível no mercado.