Biden defende aumentar impostos de mais ricos para financiar saúde

Alíquota subirá para quem ganha mais de US$ 400 mil por ano; medida faz parte de um programa para aumentar a solvência do Medicare

Por Larissa Quintino Atualizado em 15 mar 2023, 00h52 - Publicado em 7 mar 2023, 11h18

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país deve aumentar impostos de quem ganha mais como forma de financiar o fundo de saúde Medicare e manter a solvência do programa de seguro saúde federal até 2050. A alíquota sobre a folha de pagamento subirá de 3,8% para 5% para quem recebe até 400.000 dólares por ano (aproximadamente 2.073.120 reais). O plano também deve permitir que o governo tenha novo poder para negociar preços de medicamentos. O novo programa deve ser oficializado nesta semana pelo democrata.

“O orçamento que estou liberando esta semana tornará o fundo fiduciário do Medicare solvente além de 2050 sem cortar um centavo em benefícios”, disse Biden na terça-feira, 9, em um artigo publicado no The New York Times. “Na verdade, podemos obter um valor melhor, garantindo que os americanos recebam melhores cuidados pelo dinheiro que pagam ao Medicare.” Segundo o último relatório do Medicare Trustees, o fundo quebrará até 2028 caso não haja nenhuma nova ação de financiamento. 

No artigo, Biden chamou o aumento da taxa de “modesto”. “Quando o Medicare foi aprovado, o 1% mais rico dos americanos não tinha mais do que cinco vezes a riqueza dos 50% mais pobres combinados, e faz sentido que alguns ajustes sejam feitos para refletir essa realidade hoje.”

A Lei de Redução da Inflação, aprovada pelos democratas no ano passado, autoriza o Medicare a negociar preços de medicamentos de alto custo. A proposta de orçamento permitiria ao Medicare negociar os preços de mais medicamentos, economizando 200 bilhões de reais em dez anos, de acordo com a agência Reuters. 

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Membros do Partido Republicano na Câmara dos Deputados disseram que o Medicare, juntamente com a Seguridade Social, deve fazer parte de qualquer negociação orçamentária. Embora populares, os dois programas respondem por cerca de um terço dos gastos federais, de acordo com o Congressional Budget Office, e devem crescer à medida que a população dos EUA fica mais velha. 

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