O Facebook conseguiu licença para abrir um escritório na China, país onde a rede social é proibida e o uso da internet é censurado pelo governo. A subsidiária funcionará como uma incubadora de startups, fazendo investimentos e aconselhando pequenas empresas. As informações foram divulgadas nesta terça-feira pelo jornal The Washington Post.
A nova empresa com capital de 30 milhões de dólares (cerca de 111,4 milhões de reais) será aberta na cidade de Hangzhou, no sul do país.
“Estamos interessados em estabelecer um polo de inovação [na província de] Zhejiang, para apoiar os desenvolvedores, inovadores e startups da China”, afirmou a empresa em comunicado ao jornal americano. “Fizemos o mesmo em diversas partes do mundo — França, Brasil, Índia, Coreia do Sul —, e nossos esforços têm como foco treinar pessoal e conduzir oficinas que ajudem os desenvolvedores e empreendedores a inovar e crescer”.
O registro do Facebook Technology no Sistema de Divulgação de Informações de Crédito de Empresas Nacionais chinês dá detalhes sobre a atuação da subsidiária, mas o arquivo não está mais disponível na internet. Segundo o The Washington Post, o “escopo dos negócios” abarca o desenvolvimento de tecnologia, serviços técnicos e consultoria de investimento.
Não é o primeiro esforço da rede social para estabelecer-se no país oriental. No ano passado, o Facebook lançou um aplicativo de fotografia para o mercado chinês chamado Colorful Balloons.
Em 2009, quando decidiu bloquear o Facebook, o governo chinês alegou que a rede social é uma ferramenta de disseminação de boatos e ideias contrárias aos interesses do povo.