O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou na manhã desta sexta-feira 18 a relação das cinquenta empresas e entes públicos que mais tomaram recursos emprestados da instituição de fomento.
A medida, adotada pelo presidente do banco, Joaquim Levy, faz parte do que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem chamado de “abrir a caixa-preta” do BNDES, em referência a suspeitas de corrupção e uso político do banco ao longo dos últimos governos.
O banco, como informou o Radar, fortaleceu seus sistemas de informática em virtude da expectativa de um alto número de acesso. Outras informações disponibilizadas na área de “Transparência” do site da instituição são a relação completa de todos os contratos firmados com relação à obras no exterior e a relação de empresas das quais o BNDES é sócio.
Os negócios estrangeiros são um dos principais tópicos de crítica de Bolsonaro a respeito da atuação do banco. Entre as obras citadas estão, por exemplo, o controverso porto de Mariel, em construção em Cuba. O presidente divulgou em sua conta no Twitter o link para essa área específica da divulgação desta sexta, dizendo que seu governo “ainda vai mais a fundo” no tema.
A campeã da lista dos principais credores do BNDES, criado para emprestar dinheiro a juros baixos para obras e projetos estratégicos para o desenvolvimento do Brasil, é a Petrobras, com 62,4 bilhões de reais, seguida pela Embraer (49,3 bi), Norte Energia (25,3 bi) e a Vale (24,8 bi).
Em quinto lugr, aparece a Odebrecht, cujos financiamentos ultrapassam 18 bilhões de reais. Outra empresa do grupo de Marcelo Odebrecht, a Braskem, aparece na 21ª colocação, com 7,3 bilhões de reais. A JBS aparece uma posição acima, em 20ª, com 7,6 bilhões.
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