Economistas consultados pelo Banco Central (BC) preveem um crescimento de 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019. Essa é a sétima semana seguida com revisões para baixo na expectativa de crescimento da economia. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 15, segundo projeções compiladas pelo Boletim Focus.
Na última semana, o índice era de 1,97%. Neste ano, os economistas ouvidos pelo BC já chegaram a prever o PIB em 2,57%, na segunda semana do governo Jair Bolsonaro. No fim do ano passado, a expectativa para o crescimento da economia em 2019 era de 2,55%.
A previsão para o PIB de 2020 também caiu: de 2,70% para 2,85%. Foi a segunda queda consecutiva no indicador do ano que vem. O PIB soma todos os produtos e serviços produzidos no Brasil em um ano para medir o valor da economia.
Além da queda no PIB, a previsão para inflação também acelerou. Economistas preveem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche 2019 e 4,06%. É a maior previsão para o ano. Na semana anterior, a previsão era de 3,90%.
Apesar da alta expressiva, o indicador segue abaixo segue abaixo da meta de inflação estipulada pelo governo, de 4,25%. O índice está dentro da margem de tolerância prevista pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), entre 2,75% e 5,75%, 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Juros e câmbio
Nos outros índices analisados pelo Boletim Focus, há estabilidade. A Selic, taxa básica de juros da economia, foi mantida em 6,5% para o final deste ano. A taxa básica está nesse patamar, o menor da história, desde março do ano passado.
A previsão para o dólar comercial ficou novamente em 3,70 reais, segundo os analistas do Banco Central.