A bolsa de valores de São Paulo abriu em alta na manhã desta quarta-feira, um dia depois do anúncio do aumento das metas de déficit primário para 2017 e 2018. O Ibovespa subia 0,55% por volta das 10h20, aos 68.727 pontos. O dólar e as taxas de juros futuros também operavam em baixa, reagindo à manutenção da nota de risco do país pela pela agência de classificação Standard & Poor’s.
A cotação da moeda americana recuava 0,09%, para 3,1699 reais, às 10h20. A queda do dólar ante o real também favorece o recuo das taxas futuras de juros, como a dos Depósitos Interbancários (DI, usado como referência no mercado financeiro).
Na última terça-feira, a equipe econômica anunciou que pedirá ao Congresso autorização para subir a meta de déficit para este ano e o próximo em 20 bilhões de reais e 30 bilhões de reais, respectivamente. A justificativa é de que as receitas caíram mais do que o esperado, e não há mais espaço para conter despesas. Os novos valores perseguidos são de rombo de 159 bilhões de reais em ambos os períodos.
Serviços
Mais cedo, os agentes financeiros monitoraram a pesquisa de serviços de junho divulgada pelo IBGE. O destaque da pesquisa é que o volume prestado de serviços aumentou 0,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano, interrompendo uma sequência de nove trimestres seguidos de resultados negativos.
O volume de serviços prestados teve alta de 1,3% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. A taxa de maio ante abril foi revista de uma alta de 0,1% para avanço de 0,5%. Na comparação com junho do ano anterior, houve redução de 3,0% em junho deste ano, já descontado o efeito da inflação.
A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 4,1%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda de 4,7%.
(Com Estadão Conteúdo)