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Bolsa bate novo recorde com otimismo por votação na reforma da Previdência

Ibovespa tem alta de 1,23% e fecha pela primeira vez no patamar dos 105 mil pontos; investidores acreditam que texto será votado, em dois turnos, até sexta

Por André Romani Atualizado em 10 jul 2019, 18h27 - Publicado em 10 jul 2019, 17h37
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  • O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, renovou seu recorde nesta quarta-feira, 10, com alta de 1,23%, aos 105.817 pontos com a votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados.

    Até o fechamento do mercado, o texto base da reforma ainda não tinha sido votado. No entanto, na visão dos investidores, o objetivo do governo, de aprovar o texto, em dois turnos, ainda nesta semana deve ser alcançado. A aprovação nesta quarta-feira é tida como certa. O temor era de que a votação ficasse para agosto, já que o Congresso entra em recesso a partir do dia 18 de julho e, por isso, deve estar mais esvaziado na semana que vem.

    Apesar de fechar em alta e com novo recorde, o Ibovespa apresentou movimento descendente durante o dia. Pela manhã, o índice chegou a atingir alta de 1,78%. Para Pedro Galdi, analista da corretora Mirae Asset, essa queda é normal. “O entusiasmo estava meio que demasiado. É um movimento natural de realização de lucros (venda das ações) pelos investidores após uma alta muito forte”, afirma ele. “A expectativa é de aprovação do texto no Senado no final de agosto”, completa.

    No cenário externo, o dia foi marcado por entusiasmo com um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). Em depoimento para um comitê do Congresso, o presidente do Fed, Jerome Powell, deu sinais de que, como aguardado, o Fed deve reduzir os juros em sua próxima reunião, marcada para os dias 30 e 31 de julho. Seria o primeiro corte em uma década. Atualmente, a taxa de juros está na faixa de  2,25% a 2,5%.

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    Além disso, foi divulgada nesta quarta-feira a ata da reunião mais recente do colegiado, que ocorreu nos dias 18 e 19 de junho. Segundo o documento, apesar da escolha final ter sido a manutenção das taxas, inúmeros membros do colegiado disseram que os juros deveriam cair para “acomodar os efeitos” de uma guerra comercial dos EUA e para firmar a inflação, que não está conseguindo atingir a meta do banco central estadunidense. A visão de que membros do colegiado já consideraram o corte de juros também animou os investidores.

    Dólar

    Também impulsionado pela votação da reforma da Previdência e pela perspectiva de queda de juros nos EUA, o dólar teve queda de 1,4%, cotado aos 3,76 reais na venda, sua menor marca desde o dia 28 de fevereiro.

    O movimento foi de queda durante todo o dia. Na parte da manhã, a animação foi pautada pela votação da reforma no plenário da Câmara dos Deputados – à tarde, a expectativa com o Fed acentuou a queda.

     

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