Bolsa de valores valoriza mesmo diante de incerteza imposta pelo tarifaço
Bolsa anda de lado na semana decisiva para implementação ou não do tarifaço
A bolsa de valores busca uma recuperação nesta terça-feira, 29, mas sobe de forma tímida: em torno de 0,60% por volta do horário do almoço. O Ibovespa, principal índice de referência da B3, tem experimentado vida difícil nos últimos dias, impactado sobretudo pela guerra comercial travada pelos Estados Unidos contra o Brasil e que pode resultar na taxação das exportações brasileiras em 50% a partir do começo de agosto. Com isso, o índice está atualmente em 132,8 mil pontos.
Importante lembrar: a bolsa começou o ano em torno dos 120 mil pontos, mas uma trajetória bastante positiva no primeiro trimestre resultou numa valorização que levou o Ibovespa a 141 mil pontos. Era um resultado já próximo, por exemplo, do projetado pelo mercado. O índice tinha condições de encerrar o ano em pelo menos 150 mil pontos, o que seria uma marca histórica. A guerra tarifária coloca um ponto de interrogação na bolsa de valores.
Ainda não há nenhum sinal claro a respeito de um acordo que evite o pior, ou seja a taxação. O que se tem de concreto tem a firmeza de uma folha de papel ao vento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que enxerga interesse dos Estados Unidos em conversar sobre o tarifaço – nada além disso. Enquanto isso, um plano de contingência repousa na mesa do presidente Lula.
Bolsa segue seu caminho de lenga-lenga
Enquanto nada se resolve, o mercado segue seu caminho. A Petrobras (PETR4) valorizava em em torno de 0,50% pelo horário do almoço. A Vale (VALE3) seguia o seu caminho de desvalorização, com nova queda de 0,40% no mesmo período de tempo. Essas são as ações com maior peso, e portanto, com maior influência na composição do Ibovespa. Importante olhar também para o Bradesco e o Santander, ambos os bancos divulgam resultados do segundo trimestre nesta semana.
O Santander (SANB11) apresentava ligeira alta de 0,08%. O Bradesco seguia o mesmo caminho, mas com valorização um pouco mais importante, de 0,45%.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

