Bolsonaro deve terminar análise do acordo entre Embraer e Boeing
Governo possui uma ação de classe especial, a golden share, que pode barrar todo o negócio
O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou nesta segunda-feira, 17, que a análise pelo governo do negócio entre as fabricantes de aeronaves Boeing e Embraer poderá terminar no início do mandato de Jair Bolsonaro, pois o processo pode se estender para além de duas semanas.
“Você tem um trâmite burocrático porque eles têm que pedir um posicionamento do governo em relação à golden share. E aí o governo tem que analisar, isso não necessariamente é feito em uma semana, mas também não é um processo muito longo”, disse.
“O governo tem que analisar, tem que ver se tem alguma implicação para aquelas atribuições da golden share e depois o governo tem que se manifestar via Procuradoria-Geral da Fazenda e o ministro da Fazenda, que manda isso para o presidente”, explicou.
“Não sei se isso dá para ser feito em uma ou duas semanas. Então talvez seja um processo que tenha começado agora e termine no início do próximo governo”, acrescentou Mansueto, que seguirá no mesmo cargo no governo Bolsonaro.
Entre idas e vindas durante a campanha eleitoral, Bolsonaro deu indicações de que era a favor do acordo entre as duas companhias. Segundo ele, a joint venture seria importante para que a brasileira não perdesse mercado. “Se for um acordo bom para eles e para nós, acho que o negócio é bem-vindo. Não podemos nos isolar do mundo”, afirmou, à época.