Bolsonaro diz que endossa escolha de Guedes por Levy no BNDES
Segundo o presidente eleito, não há nada contra Joaquim Levy, que trabalhou para os governos de Sergio Cabral e Dilma Rousseff
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta segunda-feira, 12, que a escolha de Joaquim Levy para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi feita por Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia. Levy, ex-ministro da Fazenda no segundo governo de Dilma Rousseff (PT), comunicou hoje que aceitou o convite para assumir a presidência do banco de fomento, alvo de críticas da equipe de Bolsonaro.
“Ele [Guedes] está bancando o nome do Joaquim Levy. Ele tem um passado com a Dilma, sim, teve dez meses [no governo petista], tem um passado com o governo [Sergio] Cabral, mas nada contra sua conduta profissional. Assim sendo, eu endosso Paulo Guedes. Esse é um ponto pacificado”, afirmou Bolsonaro na entrada de seu condomínio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Na semana passada, Bolsonaro disse que iria abrir a “caixa-preta” do BNDES. O sindicato dos funcionários do banco reagiu à declaração e disse que a empresa “divulga suas operações de forma ampla e transparente, sem paralelo com qualquer outra instituição”. “Estão disponíveis no portal institucional informações sobre cliente, valor da operação, projeto apoiado, taxa de juros, prazos e garantias”, afirma em nota a Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES).
Nesta segunda-feira, Bolsonaro afirmou que “está faltando transparência” ao BNDES. “Eu posso até dizer que não há uma caixa-preta, mas está faltando transparência, nós queremos transparência no BNDES, todos os funcionários querem. Queremos saber dos empréstimos a outros países, as garantias. Queremos colocar na mesa todas as operações do BNDES. O dinheiro é público, é de todos nós.”