Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Brasil dá sinais de recuperação mais rápido que outros emergentes

Em apresentação a investidores estrangeiros, Banco Central prega cautela, mas mostra que indicadores econômicos confirmam volta gradual da economia

Por Larissa Quintino Atualizado em 18 mar 2021, 23h11 - Publicado em 20 ago 2020, 15h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Roberto Campos Neto
    Medidas de liquidez pelo Banco Central e auxílios de transferência de renda do Ministério da Economia seguraram a economia brasileira (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

    A pandemia do novo coronavírus causou sérios danos nas economias mundiais mais consolidadas, e os impactos nos países emergentes como o Brasil também foi enorme. Porém, as medidas emergenciais tomadas pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central, com medidas de transferência de renda, impulso ao crédito a empresas e aumento de liquidez no sistema financeiro posicionaram o Brasil numa situação melhor em relação aos outros emergentes. Em uma apresentação para investidores do Bank Of America realizada na última quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto voltou a afirmar que o cenário para o Brasil segue desafiador. Mas os números apresentados mostram que, pelo menos inicialmente, o colchão feito por aqui foi eficiente. 

    EfzrosUWkAEudM-
    Crescimento da Indústria (Banco Central/Reprodução)

    Na apresentação, o BC compilou uma série de dados com o raio-x das economias mundiais. No caso da indústria, o índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria brasileira alcançou em julho o maior nível desde o início da pesquisa realizada pela IHS Markit, provedora inglesa de informações globais. O indicador brasileiro de julho foi de 58,2%, ante 51,6% no mês anterior.  Nesse indicador, quando o número está acima de 50%, o setor está passando por crescimento em vez de retração. Comparando o Brasil a outros emergentes como México, índia, África do Sul, Rússia e Colômbia, a indústria brasileira foi a que melhor performou no período. 

    Na ótica do PIB, a projeção da recessão brasileira, na casa de 5,6% segundo perspectivas do mercado financeiro deve ser um dos menores tombos dos emergentes, perdendo apenas para a Índia e, estendendo aos Brics, para a China, que deve terminar o ano com crescimento econômico. Em 2021, a economia brasileira deve crescer em linha com os outros emergentes. 

    EfzsAVmXsAgUHSS
    Projeções para o PIB em 2020 e 2021 de países emergentes (Banco Central/Reprodução)

    As projeções, baseadas em dados da economia do Brasil bem como da mundial, segundo o BC, mostram que o cenário ainda é de cautela, mas que as medidas tomadas no início da pandemia se mostraram eficientes, e a trajetória é de recuperação mais sólida a partir do terceiro trimestre.

    ASSINE VEJA

    A encruzilhada econômica de Bolsonaro
    A encruzilhada econômica de Bolsonaro Na edição da semana: os riscos da estratégia de gastar muito para impulsionar a economia. E mais: pesquisa exclusiva revela que o brasileiro é, sim, racista ()
    Clique e Assine

     Para quem acreditava em um tombo catastrófico e sem possibilidade de recuperação, pode-se dizer que a economia brasileira surpreendeu na resiliência, mas não é suficiente para abandonar a agenda reformista e abrir os cofres. O mau exemplo dado pelo Senado Federal na última quarta-feira, derrubando o veto dos servidores vai na direção contrária dos ajustes trabalhados pela Economia e projetados pelo BC para um crescimento gradual a partir deste semestre e no ano que vem.  A resiliência não abre margem para a gastança e é preciso de compromisso para a recuperação projetada.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.