Carne Fraca: governo interdita mais um frigorífico do Paraná
Na semana passada, a Secretaria Nacional do Consumidor determinou o recolhimento de carnes de três frigoríficos paranaenses
O Ministério da Agricultura interditou mais um frigorífico paranaenses como consequência das investigações da operação Carne Fraca, da Polícia Federal. A operação investiga um esquema de corrupção envolvendo fiscais e frigoríficos.
A nova interdições atinge agora uma unidade da Souza Ramos, em Colombo (PR). Mais cedo, o ministério informou equivocadamente que a Transmeat, em Balsa Nova (PR), também tinha sido interditada.
Na semana passada, a Secretaria Nacional do Consumidor, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, determinou o recolhimento de carnes de três frigoríficos paranaenses – Souza Ramos, Transmeat e da Peccin.
O Ministério da Agricultura já tinha paralisado anteriormente atividades de duas unidades da Peccin – uma em Curitiba (PR) e outra em Jaraguá do Sul (SC) – e uma da BRF, em Mineiros (GO).
O ministério não deu mais detalhes sobre as novas interdições, mas afirmou que análises sobre o restante dos 21 frigoríficos citados na operação Carne Fraca prosseguem.
No sábado, China, Egito e Chile anunciaram a reabertura de seus mercados para a importação de carne brasileira, movimentos que foram comemorados pelo governo brasileiro, que se mobilizou nos últimos dias para tentar diminuir o dano às exportações após o escândalo de propina envolvendo a fiscalização dos produtos no Brasil.
Outro lado
O porta-voz da Souza Ramos informou que a empresa não comentaria a interdição.
Em nota, a Transmeat informa que “está trabalhando normalmente, estando apenas com uma linha de produtos parada, que é a linha de carnes temperadas”. “Tal paralisação em nada tem haver com problemas do frigorífico, e sim de ordem burocrática do próprio Ministério da Agricultura, pois eles não sabem dizer quem tem competência para liberação desta linha de produção. […] Salientamos e deixamos claro, a Transmeat não está interditada”, diz comunicado da empresa.
Procurada, a porta-voz da Peccin não estava na fábrica para comentar a interdição. A BRF não retornou o contato da VEJA até o fechamento da matéria.
(Com agência Reuters)