O número de empresas interditadas após fiscalização do Ministério da Agricultura após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, chegou a seis. Nesta segunda-feira, mais três companhias paranaenses – Farinha de Castro, localizada na cidade de Castro, Indústria de Laticínios S.S.P.M.A, de Sapopema, e Souza Ramos, de Colombo – entraram para a lista. A operação da PF, deflagrada no dia 10, apura supostas fraudes cometidas por fiscais do governo na liberação de produtos de origem animal.
Além das três empresas, já haviam sido interditadas duas unidades da Peccin – Curitiba (PR) e Jaraguá do Sul (SC) – e uma da BRF em Mineiros (GO). O Ministério da Agricultura havia divulgado, anteriormente, que uma unidade da Transmeat também tinha sido paralisada, mas corrigiu a informação.
Os produtos das unidades da Souza Ramos e Peccin foram alvo do recall anunciado na sexta-feira pela Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça.
O governo federal faz uma campanha para reverter o bloqueio das importações de carnes brasileiras desde que foi deflagrada a Operação Carne Fraca. O prejuízo total no setor de carnes contabiliza perdas de mais de 130 milhões de dólares (405 milhões de reais), segundo cálculo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Outro lado
Procurados, os representantes da Peccin e da Farinha de Castro não foram localizados. A BRF não retornou o contato da VEJA até a publicação desta reportagem. A Souza Ramos disse que não vai se pronunciar. A Indústria de Laticínios S.S.P.M.A não foi localizada.