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Cenário estável permite que BC siga cortando juros, dizem analistas

Banco Central anunciou na quarta-feira a redução da taxa Selic de 11,75% para 11,25% ao ano

Por Juliana Elias Atualizado em 7 Maio 2024, 17h36 - Publicado em 1 fev 2024, 11h42
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  • Em um cenário com poucos sustos inflacionários, apesar de ainda pairarem algumas dúvidas em relação à economia internacional, analistas e economistas entendem que o Banco Central (BC) tem o caminho livre para seguir a rota planejada de redução dos juros.

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na noite de quarta-feira, 31, a redução de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros. Com isso, A Selic saiu de 11,75% para 11,25% ao ano, em um movimento que era amplamente esperado pelo mercado. O Copom também já deixou indicado, em seu comunicado, mais dois cortes de duas magnitudes nas próximas reuniões, o que significa que, nos próximos meses, a Selic ainda deve perder mais 1 ponto e chegar a 10,25%.

    “No mercado doméstico ainda enfrentamos alguns desafios. As recentes leituras da inflação trouxeram atenção ao grupo de serviços, mas, até então, seguindo a desinflação esperada”, afirmou a Órama Investimentos em relatório a investidores. “Como não vimos mudanças relevantes nos riscos, na dinâmica inflacionária e nas expectativas no Boletim Focus, (…) o que contribuiu para um comunicado neutro e mantém o os próximos passos esperados.” A projeção da corretora é que o BC deve seguir cortando a taxa ainda em suas próximas quatro reuniões, até que ela chegue aos 9,5%.

    É a mesma expectativa do banco BTG Pactual, que aguarda uma Selic a 9,5% até o início do segundo semestre, que, apesar de também ver um horizonte mais livre de sobressaltos inflacionários no cenário doméstico, ainda mantém algumas incertezas no radar que atrapalham os planos de juros mais baixos do que isso.

    “Esta taxa terminal reflete nossa visão de uma inflação acima da meta, bem como a percepção de que as expectativas de inflação continuarão ligeiramente desancorados”, disseram os analistas do banco em relatório. “Estamos atentos, de um lado, a cenários mais favoráveis à flexibilização monetária no exterior e, ainda, a uma desaceleração econômica mais pronunciada no Brasil, e, de outro, à trajetória da situação fiscal.”

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    Entre os principais pontos de atenção tanto dos economistas quanto do BC, está o rumo dos juros no exterior, em especial nos Estados Unidos, onde uma inflação em lenta desaceleração e um mercado de trabalho resiliente têm prolongado os juros altos por mais tempo. Também na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, se reuniu e decidiu manter a taxa de juros do país inalterada pela quarta reunião seguida.

    “A decisão veio mais dura do que o antecipado pelo mercado por conta da adoção de uma postura cautelosa por parte da diretoria do Fed, sob o argumento de que é necessário obter um maior grau de confiança com o processo de arrefecimento da inflação antes de iniciar o ciclo de cortes”, diz a corretora Genial Investimentos.

    Juros mais altos nos EUA influenciam as economias de mercados emergentes como o Brasil, já que tendem a atrair capital para lá e forçar que os pares mantenham suas taxas um pouco mais altas do que poderiam para não perderm investimentos. “Os indicadores de atividade econômica dos EUA sugerem que a economia segue aquecida, sendo um fator de risco para a convergência da inflação em direção à meta, de modo que, é improvável que o ciclo de afrouxamento se inicie na próxima reunião em março”, conclui a Genial.

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