Centrão e PSL fecham acordo para abrandar regras para policiais federais

Emenda será apresentada por deputados do Podemos e deve ser aprovada no plenário; idade mínima passa a ser de 53 anos para homens, e 52 para mulheres

Por Eduardo Gonçalves SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 10 jul 2019, 16h32 - Publicado em 10 jul 2019, 15h54

A Polícia Federal (PF) — Acordo beneficia policiais federais, rodoviários e agentes penitenciários (Vagner Rosário/VEJA.com)

Um dos últimos impasses que ainda emperravam a votação da reforma da Previdência nesta quarta-feira acaba de ser resolvido. Parlamentares do Centrão e do PSL fecharam um acordo com a categoria que representa as forças de segurança federais para abrandar as suas regras de aposentadoria.

Com o apoio do PSL, o Podemos colocará uma emenda aglutinativa no texto-base da emenda que definirá para esses profissionais (policiais federais, rodoviários, agentes penitenciários, policiais legislativos) idade mínima de aposentadoria de 53 anos para os homens, e de 52 anos para as mulheres, com pedágio de 100% sobre o tempo que falta. A expectativa é que o impacto seja de 4 a 5 bilhões de reais.

O benefício não vale para policiais militares, civis e bombeiros, porque eles estão de fora da reforma por serem funcionários estaduais.

Essa proposta foi encampada pelo presidente Jair Bolsonaro na última semana, mas havia sido rejeitada pela categoria. Na proposta original encaminhada pelo governo ao Congresso, a idade mínima de aposentadoria dos policiais federais foi fixada em 55 anos para homens e mulheres. O texto havia sido mantido no relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) aprovado pela comissão especial.