China habilita mais 25 plantas frigoríficas brasileiras a exportar carne
Estruturas da Minerva e da Marfrig estão entre as beneficiadas; autorizações passam a valer imediatamente
A China habilitou mais 25 plantas frigoríficas brasileiras para vender carnes ao país, de acordo com comunicado da GACC (órgão sanitário chinês) enviado nesta segunda-feira, 9, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O número de plantas que podem exportar ao país asiático passa, agora, de 64 para 89.
Dos novos estabelecimentos habilitados, dezessete são produtores de carne bovina, seis de frango, um de suíno e um de asinino (jumento). As empresas já podem exportar imediatamente. As negociações estavam em curso há algum tempo. A ministra Tereza Cristina viajou ao país, em maio, na tentativa de ampliar os mercados consumidores de carne brasileira. Entre os frigoríficos beneficiados estão as gigantes Minerva e Marfrig.
A China sofre, desde agosto do ano passado, com a peste suína africana que vem dizimando grande parte de sua produção de suínos. A doença é inofensiva para os humanos, mas fatal para os porcos.
A peste também abriu espaço para o mercado brasileiro. A China é a maior exportadora e importadora de suínos do mundo. Com a doença, os produtores brasileiros passaram a vender mais suíno para o país asiático e para outras nações que antes compravam apenas dos chineses. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) revelam que a exportação de suínos cresceu 16% de janeiro a maio deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita teve alta de 11%.
Além disso, por causa da peste, os consumidores chineses começam a procurar alternativas à proteína. O consumo de frango, em especial, ganhou força devido a seu preço mais baixo em relação a outras carnes, como a bovina. De janeiro a maio deste ano, o Brasil exportou, em volume, 15% mais frango para a China do que no mesmo período do ano passado, segundo dados da Secex.