O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) encerrou uma longa disputa envolvendo a aquisição da Garoto pela Nestlé, anunciada em 2002 por 1 bilhão de reais. A compra incialmente vetada pela autarquia finalmente ganhou um desfecho.
O Cade estipulou que a Nestlé não poderá realizar aquisições de concorrentes que representem 5% ou mais do mercado de chocolates por cinco anos e deve comunicar ao Cade sobre compras de empresas representando menos de 5% do mercado, que terá 15 dias úteis para avaliar. A Nestlé também se compromete a não criar barreiras à importação de chocolates por sete anos e a manter investimentos na fábrica da Garoto em Vila Velha pelo mesmo período.
O Cade justifica que o duopólio de Nestlé e Garoto no mercado de chocolates foi perdendo força nos últimos anos devido à ascensão de marcas regionais e mais baratas. A concorrência de empresas como a brasileira Cacau Show, a americana Lacta (Mondelez) e a italiana Ferrero, que é dona das marcas Ferrero Rocher, Kinder, Tic Tac e Nutella, contribuiu para a facilitação do acordo entre as partes.