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Cinco lições para o sucesso do criador da Playboy, Hugh Hefner

Por detrás do personagem que só aproveitava a vida, o empresário seguia dicas que são frequentes em livros ou palestras de empresários de sucesso atualmente

Por Da redação
28 set 2017, 12h46
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  • Hugh Hefner, morto na quarta feira, aos 91 anos, era conhecido por exibir um estilo de vida voltado à diversão: dar festas em uma mansão, ter várias namoradas, além de sempre estar rodeado de lindas mulheres e artistas.

    O fundador da Playboy se baseava em algumas lições que são frequentes em livros ou palestras de empresários de sucesso atualmente. Veja cinco princípios que ele seguiu ao construir seu império milionário:

     

    Ter um diferencial

    É fácil pensar que a oferta de fotos de belas mulheres nuas em uma época em que não havia sites pornográficos ou smartphones foi o motivo do sucesso inicial da revista Playboy – afinal, “sexo vende”, como diz o ditado. Mas quando a primeira edição foi lançada, em 1953, já havia outras publicações com nudez feminina. Hefner creditou o bom desempenho da sua primeira edição, que vendeu mais de 50.000 cópias, à presença de Marilyn Monroe, que foi capa, e cuja foto nua presente na edição foi comprada por 500 dólares.

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    Capa da primeira “Playboy” teve Marilyn Monroe como destaque, em 1953
    Capa da primeira “Playboy” teve Marilyn Monroe como destaque, em 1953 (Foto/Reprodução)

    Ao longo da sua história, a revista investiu em imagens com bom acabamento estético, entrevistas reveladoras com personalidades, capas com mulheres famosas e artigos de escritores célebres. “Eu acho que, no caso da revista, [o sucesso] tem a ver com o fato de tomarmos um caminho mais elevado. É uma revista de qualidade”, disse em entrevista à MSNBC.

    Questionar padrões

    Se fosse seguir os padrões de sua criação pessoal, puritana, ou da sociedade da época, ele não teria criado uma revista com nudez. “Sou uma criança que cresceu numa casa metodista do meio-oeste muito típica, sem muitos abraços e beijos”, disse em entrevista à CNN. O estilo questionador fez a revista se tornar um sucesso editorial, com tiragens de mais de 5 milhões durante o seu auge. “Eu acho que a vida é curta e precisa ser celebrada. Uma das razões pelas quais as pessoas são tão fascinadas com o que faço é que consegui redefinir outras possibilidades de viver”, disse em entrevista à VEJA.

    Vender sonho

    Uma vida glamourosa em uma mansão, com muita festa, bebida, várias mulheres lindas ao redor, conversar com artistas, intelectuais e celebridades. Hefner vendeu um estilo de vida invejável para muitos homens, o que se refletia em sua marca.

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    Hugh Hefner
    Hugh Hefner posa para foto com as coelhinhas durante a comemoração dos 60 anos da Playboy em Los Angeles, na Califórnia – 16/01/2014 (Rachel Murray/Getty Images)

    A Playboy aproveitou o sucesso da marca, presente em dezenas de países, para buscar novas formas de negócio além da venda de revistas impressas. Encantar clientes é um dos mantras mais famosos entre os gurus de marketing atuais. “Eu sou o garoto que sonhou o sonho”, declarou Hefner.

    Buscar diversão no negócio

    Cada vez mais se prega que a receita para o sucesso é que as pessoas busquem um trabalho que as faça felizes. A primeira edição de Hefner, de 1953, já trazia a filosofia mais leve que nortearia a publicação “Nós não esperamos resolver nenhum problema mundial nem provar nenhuma verdade moral”, escreveu em seu primeiro editorial. O criador da marca avançava madrugadas trabalhando e participava ativamente da marca mesmo em idade avançada, escolhendo quem seriam as capas. Difícil dizer se ele via o trabalho como uma obrigação.

    Aproveitar o momento

    Hefner ficou conhecido por ter diversas namoradas ao longo da vida, muitas vezes, mais de uma ao mesmo tempo. Mas ele alternou o estilo de vida “solteirão” com o de homem casado, por três vezes – teve quatro filhos e diz que foi fiel por mais de uma década. O último casamento aconteceu em 2012, quando tinha  86 anos. Da mesma forma em que o criador fazia mudanças nos seus relacionamentos segundo o que julgava bom no momento, a Playboy também buscou nova frentes de negócios que estavam em alta, como internet, licenciamento de produtos e produção audiovisual.

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