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Com juro menor, PIB da construção civil tem maior nível desde 2013

Construção civil cresce 1,6%, depois de anos de desaceleração; melhora no setor pode ser indicativo de retomada do emprego neste ano

Por Felipe Mendes Atualizado em 4 mar 2020, 11h59 - Publicado em 4 mar 2020, 11h58
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  • Dificuldade de encontrar trabalhadores é maior nas grandes capitais do Sudeste
    Os números da construção civil foram puxados para cima pela forte retomada do mercado imobiliário (Cristiano Mariz/VEJA)

    Maior gerador de empregos do país, a construção civil obteve melhor desempenho após cinco anos consecutivos de queda. O setor cresceu 1,6% em 2019, uma alta de 5,4 pontos percentuais em relação a 2018. Desde os tempos pré-crise, não havia um período tão promissor. Em 2013, último ano de crescimento, a construção civil registrou avanço de 4,5%.

    Os avanços da última temporada se devem, em suma, ao forte desempenho da construção imobiliária. Mas não só isso. O setor ainda inclui urbanismo, estradas e infraestrutura. Esse último segmento, no entanto, é o que trava um crescimento maior da construção civil. Nos últimos anos, diversas obras públicas foram paralisadas diante da desaceleração, do rombo fiscal e, sobretudo, por conta dos escândalos de corrupção envolvendo as principais empreiteiras do país: Andrade Gutierrez, Camargo Correa, OAS e Odebrecht.

    O mercado da construção imobiliária foi impulsionado pelos cortes consecutivos na taxa básica de juros, a Selic, durante o último ano. Com a retomada do acesso ao crédito, o financiamento e a venda de imóveis bateram recordes. Segundo números da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários cresceram 37,1% em 2019 se comparado ao ano anterior, somando 78,7 bilhões de reais.

    “O setor da construção civil gerou 71.115 vagas de emprego para o país em 2019. É o equivalente a 11% dos empregos criados no país. Isso, por si só, já mostra a importância e a relevância do nosso mercado para o desenvolvimento econômico brasileiro”, disse Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

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    As vendas de imóveis, por sua vez, subiram 9,4%, de acordo com a Abrainc. A expectativa é de nova melhora em 2020. O mercado de baixa renda, o Minha Casa Minha Vida, é o que sustenta o crescimento do mercado imobiliário. Como o déficit habitacional no país ainda é muito alto, de 7,8 milhões de moradias, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), é normal que essa faixa de imóveis, mais acessível ao bolso do brasileiro, represente quase 80% do mercado imobiliário brasileiro.

    É possível notar, no entanto, que o mercado de médio e alto padrão já está aquecido nas principais capitais brasileiras. “Há vários empreendimentos de médio e alto padrão sendo construídos. Esse mercado demora um pouco mais para voltar, mas algumas capitais, sobretudo São Paulo, já registram uma forte retomada”, comenta França. Depois de anos travado, os estoques se elevaram. Isso, aliado à política de juro baixo, levou o setor imobiliário a revisar os preços. De janeiro a novembro de 2019, houve uma queda de 0,11% no valor dos imóveis, enquanto a inflação para o período foi de 3,97%. Ou seja, em termos reais, o preço caiu 4,08%. Para aqueles que quiserem aproveitar os valores atrativos, a hora é essa.

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