Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Como só 18 IPOs na B3 nos últimos cinco anos tiveram retorno positivo

Com o fim dos juros baixos e um momento mais desafiador, apenas 20% das companhias que abriram capital registraram retorno positivo acima do Ibovespa

Por Luana Zanobia Atualizado em 24 jun 2022, 14h08 - Publicado em 24 jun 2022, 10h51
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A bolsa de valores brasileira, a B3, passa longe do seu melhor momento. Após dois anos de glória com recordes no volume de abertura de capital, movimento impulsionado pelos juros baixos, agora a época é de escassez. A B3 chega à metade do ano sem nenhum IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) e com um saldo de 23 desistentes no ano.

    Novas ofertas podem ser difíceis de acontecer em meio ao conturbado momento econômico, tanto doméstico quanto externo, e os resultados das estreantes dos últimos seis anos não são nada animadores. Das 86 empresas que realizaram IPO na B3 desde 2017, apenas 18 delas registram retorno positivo acima do Ibovespa, e apenas 20 estão com a ação acima do nível do IPO, segundo levantamento realizado pela Guide Investimentos. Isso é menos da metade de todas as ofertas, ou seja, cerca de apenas 20% das empresas que abriram capital estão com bom desempenho na bolsa.

    O cenário econômico não tem sido favorável ao mercado acionário. Com uma inflação global e em meio à elevação dos juros em diversos países, investidores estão buscando refúgio em ativos seguros, diminuindo as posições de suas carteiras em renda variável para ampliar na renda fixa, que voltaram a prometer altos retornos com pouco risco.

    Apesar das condições macroeconômicas, o desempenho ruim também parece estar atrelado à enorme quantidade de ofertas, inclusive de empresas pouco estabelecidas que aproveitaram a efervescência do mercado acionário nos últimos anos. Segundo a Guide, em tempos de “bull market”, era normal ver um aumento no número de ofertas, pois a precificação é mais alta e aumenta o interesse das empresas em listar suas ações. “Entre tantas ofertas, como seria imaginável, a qualidade das empresas apresentou uma maior variação, com algumas que nem lucro haviam obtido à época, e em sua maioria a preços acima do que seria considerado posteriormente como justo pelo mercado, um exemplo do comportamento típico de momentos de euforia”, avalia.

    Segundo a corretora, parece existir uma clara relação inversa entre a quantidade de ofertas e o desempenho delas no mercado. Em 2018, ano com o menor número de ofertas desde 2017, a performance foi positiva em 22,5% no preço consolidado das ações, acima do desempenho do Ibovespa. O ano de 2021, que registrou o maior número de ofertas, totalizando 42 IPOs, o desempenho foi negativo em 26,3% para as empresas.

    Continua após a publicidade

    As empresas que apresentaram boa evolução foram aquelas de setores pequenos ou novos na B3, que tem poucos concorrentes na bolsa, ou que apresentam uma vantagem competitiva setorial. Entram nessa lista a Vamos (locação de veículos pesados), Intelbras (itens de segurança e painéis solares) e Vittia (fertilizantes e insumos para o setor agrícola), por exemplo. Já as com as com pior desempenho são empresas populares do varejo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.