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Confiança do Consumidor ensaia recuperação pós alta da inflação em SP

Após queda de 11,1% em 12 meses, índice volta a subir no comparativo mensal com emprego em alta e desaceleração da inflação

Por Ana Paula Ribeiro 8 jul 2025, 17h09

A aceleração da inflação entre o final do ano passado e o início deste ano derrubou parcialmente a confiança do consumidor paulistano, que agora ensaia uma recuperação. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 11,1% em junho na comparação com igual período do ano passado, segundo levantamento da Federação do Comércio (Fecomercio-SP). No período, passou de 127 pontos para 112,9 pontos. Já no comparativo mensal, houve uma alta de 1,1%, a segunda elevação consecutiva.

Fabio Pina, assessor econômico da Fecomércio, explica que, para o consumidor, emprego e renda são os dois fatores que mais contribuem para as intenções de consumo. Com taxa de desemprego baixa e a desaceleração da inflação, houve a melhora na confiança.

“A percepção de que há algum problema na economia, para a população em geral, vem na forma de inflação. O Brasil tem um sério problema fiscal, mas isso é para o futuro. O que a população em geral vê é o emprego elevado. Isso significa renda e consumo, então não há um abalo completo na confiança”, explica.

Além do ICC, a Fecomércio também divulgou o indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que registrou queda de 2,2% em junho ante igual mês do ano passado, para 105,1 pontos. No mês, houve elevação de 0,86%.

Para Pina, os dois dados mostram que há uma mudança de patamar. Após a queda que apresentaram no início do ano, a confiança do consumidor se estabilizou. Uma nova onda de piora, dependeria dos problemas fiscais e da política monetária, com Selic a 15% ao ano, começarem a se materializarem na economia.

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“Se há um ano me falassem que a Selic estaria a 15% e a venda de veículos estivesse batendo recorde, eu não acreditaria”, explica.

Essa defasagem ocorre porque demora de seis meses a nove meses para os juros fazerem efeito na economia – maiores gastos com juros fazem as empresas adiarem investimentos, o que pode reduzir o número de empregos disponíveis, por exemplo.

Para o futuro, o assessor econômico afirma que o maior risco é a política fiscal. Uma contenção de gastos públicos evitaria um desaquecimento da economia mais forte no futuro, explicou.

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Consumo das famílias

Dentro do ICF, houve uma retração maior em relação ao sentimento ligado à compra de bens duráveis, que registrou queda de 13,9% na comparação anual. Para a Fecomércio, essa retração reflete que uma parte da demanda já foi atendida, mas também é consequência do encarecimento do crédito e do maior endividamento das famílias.

Por outro lado, o ICF registrou aumento de 0,9% em relação à percepção sobre o emprego atual e a categoria “perspectiva profissional” subiu 8,6%. Essa melhora era esperada, uma vez que a taxa de desemprego para o trimestre encerrado em maio ficou em 6,2%, o menor patamar desde 2014, com 39,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada – também recorde.

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