Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Queda dos juros e aumento da confiança elevam venda de imóveis

Houve aumento de 25,5% no número de unidades vendidas no país, de janeiro a agosto deste ano, frente aos mesmos meses de 2016, segundo a Abrainc

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 4 jun 2024, 20h08 - Publicado em 7 nov 2017, 09h33

O corte dos juros e os primeiros sinais de reação da economia já se refletem no mercado imobiliário. No país, as vendas somaram 45.267 unidades de janeiro até agosto, um aumento de 25,5% frente aos mesmos meses de 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

Na capital paulista, no acumulado de janeiro a agosto, foram vendidos 10.991 imóveis, uma alta de 20,8% em comparação ao mesmo período de 2016 (9.100 unidades), segundo o Secovi-SP, entidade do setor. “O mercado vem ensaiando uma recuperação, embora gradual e lenta”, diz o economista-chefe, do Secovi-SP, Celso Petrucci.

Para especialistas, a política de queda dos juros tem tido papel importante na retomada das vendas. No fim de outubro, o Banco Central fez um novo corte na taxa Selic, para 7,5%. Os economistas de mercado preveem que a taxa ainda será reduzida novamente em dezembro, a 7%.

Continua após a publicidade

Segundo estimativa do Bradesco, a cada corte de 1 ponto porcentual nos juros básicos, a renda mínima exigida para financiar o imóvel cai de 6% a 8%. Isso faz com que cerca de 1 milhão a mais de famílias passem a se tornar elegíveis a um financiamento imobiliário de 200.000 reais.

As economistas Daniela Cunha de Lima e Priscila Pacheco Trigo, da instituição financeira, lembram que a concessão de crédito para financiamento imobiliário cresceu em setembro. Elas avaliam que as diferenças regionais afetam o ritmo de tomada do crédito. Enquanto São Paulo deve liderar o ajuste de redução no estoque, no Rio de Janeiro ainda há dificuldade de vender.

Reconstrução

Apesar do desemprego alto, nos estandes as incorporadoras sentem uma melhora, ainda que tímida, na confiança do consumidor. O gerente logístico Michael Moreira, de 40 anos, pensava em comprar um apartamento desde o fim de 2016. Achou o lugar certo, mas fez as contas e se assustou com a simulação. “As parcelas eram altas demais e iria comprometer minhas economias.”

Continua após a publicidade

Agora, ele conseguiu fechar a compra de um imóvel de um dormitório, na planta, na Grande São Paulo, e as parcelas, depois que o prédio for entregue e o financiamento for acertado com o banco, vão caber no bolso. “Se os juros não tivessem caído, não teria como comprar.”

Para o professor Pedro de Seixas, da Fundação Getulio Vargas, a perspectiva do futuro dos juros influencia na decisão.”Basta se colocar no lugar do comprador que se interessa por um imóvel na planta. Primeiro, ele paga as parcelas à construtora, só vai contratar o financiamento com o banco quando o prédio ficar pronto. Mas se vislumbra um movimento de queda dos juros, quer fechar negócio”, diz.

O emprego na construção civil também reage, mas em ritmo mais lento. No acumulado do ano, foram perdidas 28.107 vagas na construção. Em setembro, no entanto, foram criados 380 postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Continua após a publicidade

Um dos contratados foi Valderez Ferreira, de 40 anos. “Sou pedreiro há 12 anos. Durante a crise, cheguei a voltar para Pernambuco quando o mercado de construção afundou. A saudade da família que ficou apertou e voltei para São Paulo para fazer bicos. Só agora fui registrado. Aos poucos, as coisas estão melhorando”, relata.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.