Crédito cresceu 14,6% nos últimos 12 meses, chegando a R$ 11,7 trilhões

Aumento se deve a empréstimos e financiamentos, principalmente de pessoas jurídicas; por variação cambial, dívida externa pressionou para baixo

Por Luisa Purchio 23 dez 2020, 14h31

Apesar do advento das vacinas, a crise econômica causada pela Covid-19 provoca impactos financeiros significativos tanto às famílias quanto às empresas, logo o crédito continua um aliado importante para a continuação do consumo e para as companhias manterem suas atividades. Dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Banco Central mostraram que o crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 14,6% nos últimos doze meses e alcançou 11,7 trilhões de reais (157% do PIB).

No mês, a alta foi de 0,2% e refletiu os aumentos de cerca de 2% nos empréstimos e financiamentos e nos títulos de dívida. Já a dívida externa puxou a variação para baixo, com queda de mais de 5% causada principalmente pela valorização cambial no mês.

O crédito ampliado a empresas e famílias teve um aumento de 15,9% nos últimos doze meses e baixa de 0,7% no mês, puxada para baixo principalmente pela variação cambial e para cima pelo crescimento de empréstimos e financiamentos e títulos de dívida. Já as operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceram 2% no mês e alcançaram 4 trilhões de reais em novembro. O destaque é das expansões de créditos às empresas, que nos doze meses aumentaram de 21,3% para 22,1%. O crédito às famílias também cresceu no período, de 9,9% para 10,9%.

Já o crédito livre para pessoas jurídicas somou 1,1 trilhão de reais, com aumento de 24,7% na comparação interanual e 2,2% e destaque para desconto de duplicatas e capital de giro acima de um ano. O crédito livre a pessoas físicas, por sua vez, totalizou 1,2 trilhão de reais, com alta de 10,7% em doze meses e 2,7% no mês e destaques para aumentos em cartão de crédito à vista, crédito consignado e financiamento de veículos.

A recuperação econômica será lenta no Brasil, assim como ocorre em outros países do mundo. Na terça-feira 22, Joe Biden, presidente eleitos dos Estados Unidos, disse em coletiva que o pior ainda está por vir: “A verdade é esta: os nossos piores dias na batalha contra a Covid-19 estão à nossa frente, não atrás de nós. Portanto, precisamos nos preparar”, disse ele. Se o sinal de alerta está ligado lá a máxima potência ao mesmo tempo que a população começa a ser vacinada, é importante mantê-lo bem aceso aqui também e ter em mente que o crédito continuará sendo um recurso fundamental para amparar a economia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.